terça-feira, 5 de maio de 2009

Legalizar ou não legalizar, eis a questão.

A marcha foi vetada em alguns estados do Brasil, porém aconteceu, dentre outros, aqui em Santa Catarina, em Florianópolis no domingo passado a tarde, na avenida Beira Mar Norte.
Para o sociólogo Renato Cinco, um dos organizadores do movimento nacional, o veto da Justiça, baseado na acusação de apologia às drogas, fere o princípio da liberdade de expressão. "Não estimulamos o uso ou dizemos que a maconha é boa, mas sim defendemos uma mudança na lei brasileira", afirma. 
O protesto - onde é proibida a participação de menores de 18 anos e o consumo de maconha durante as passeatas - acontece há nove anos em Nova York. A primeira manifestação brasileira foi em 2002, no Rio. Em São Paulo, duas tentativas, em 2004 e 2006, foram reprimidas pela polícia, apesar de, nessas ocasiões, não haver decisão judicial contra a marcha.
Atualmente, em alguns países a maconha é legalizada, unicamente para fins medicinais. Para lazer, somente na HolandaBélgicaSuíça e Canadá.

Uso medicinal

Cannabis sativa também pode ser usada com fins medicinais como agente antiemético, estimulador de apetite, podendo ser usada em casos de Alzheimer, câncer terminal e HIV no aumento de peso, auxiliar contra espasmos musculares e movimentos desordenados, sendo útil também em casos de glaucoma. Em doses mais altas ela auxilia pessoas no tratamento de doenças como doença de Parkinson,esclerose múltipla, traumatismo raquimedular, câncer, desnutrição, AIDS ou com qualquer outra condição clínica associada a um quadro importante de dor crônica.


Efeitos

Há várias pesquisas realizadas que concluem ser a maconha uma droga que provoca dependência, entretanto menos que o tabaco ou o álcool. O uso da maconha é associado a variações hormonais, além disso pode causar dificuldades de memóriacoordenação motora e raciocínio. Na saúde mental algumas vezes é citada como um gatilho para a esquizofrenia .Alguns estudos associam o uso prolongado da maconha com o desenvolvimento de cânceres pois sua fumaça possui de 50% a 70% a mais de hidrocarbonos cancerígenos que o tabaco. 


Então, afinal seria bom ou ruim ter a legalização da maconha?

Pelo lado de que assim teoricamente diminuiria o consumo, já que agora seria de fácil acesso tornaria-se menos interessante.Diminuiria a criminalidade e violência que existe em consequencia do tráfico de drogas.Bom era isso o que eu afirmava até uns dias atrás.

Mas andei conversando sobre o assunto, e vi que não seria simples e puramente assim.

Digamos que se tornaria um "novo cigarro", não tão viciante quanto, mas as suas consequencias são piores que aos do cigarro.E suponhamos que se torne "modinha" fumar maconha que nem foi uma época fumar cigarro, "era charme".E aí você me diz: "tá mais não é todo mundo que fuma cigarro só porque é legal e acessível".Mas em comparação ao grande número de fumantes, os que não fumam são quase nada e quem não fuma acaba fumando passivamente.Há casos de morar-se com alguém que fuma, e o fumante passivo ter problemas pulmonares antes do próprio fumante.

Assim, eu concordaria com a legalização nas questões medicinais, já pro lazer, tenho as minhas dúvidas.Quem quiser arriscar a própria saúde por uma alucinação, arranja um jeito, sendo legal ou ilegal.


[Ana Hemb]


7 comentários:

  1. Não vejo razão para legalizar a maconha. Acho que a bebida e o cigarro já causam muitos danos pra sociedade. Já somos bitolados, alheios ao que acontece pelos meandros da política e da economia. Não precisamos de mais uma forma (legalizada) de ficar doidão, alheio a tudo. Deveriam gastar esforços na marcha da educação, isso sim traria prazer e resultados concretos para uma sociedade mais justa, mais feliz e equilibrada. Parabéns pelo blog!

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  2. pensando como o comentário acima, tem tantas outras marchas para se fazer rpesente, tipo a da diversidade e entre outras.

    somente para fins medicinais a liberação, que par ao resto para ''cult'' ficar fumando ''cigarrinho de artista'' é foda.

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  3. Pois é é eu estava conversando sobre esse assunto essa semana ainda, e me falaram uma coisa que eu "meeeo, pode crê!", faz todo o sentido.
    Que provavelmente não adiantaria de nada querer legalizar para acabar com o tráfico de drogas, afinal com o governo controlando legalmente a maconha, seria colocado altos impostos pra que sendo mais caro, as pessoas passassem a comprar menos ou não comprar.Mas aí é que eles pecam ao achar que conseguiriam.
    Já temos um caso parecido, como o meu amigo mesmo disse, a pirataria dos cds atualmente vende mais do que os cds originais. Aconteceria assim com a maconha, teria a maconha legal e cara, e a maconha "pirata" e barata.Imagine só.

    Ana Hemb.

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  4. só fico levemente intrigada, porque as outras drogas não são ilegais? porque o alcool e o cigarro não são ilegais, o alcool promove efeitos piores que a maconha.Penso que cada um sabe o que é o melhor ou o pior para si,mas infelizmente não existe a consciência individual, e todos temos que nos preocupar com os outros,porque não venha me dizer que o governo proíbe para o melhor da população.

    Géssica

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  5. não acho que a legalização seria a solução, mas defendo a descriminalização, acho que o correto é o modelo de Amsterdam, com locais específicos para o consumo.

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  6. "Quem quiser arriscar a própria saúde por uma alucinação, arranja um jeito, sendo legal ou ilegal."

    LSD? não vicia e não mata...

    Gustavo

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  7. Acontece tbm muitas vezes o seguinte: vc usa a maconha e depois de um tempo aquilo não te satisfaz mais, então tu procura por algo mais "legal".. algo mais forte...e mais forte..aí vc fica tão suberso nessa vida que fica difícil parar.Quantas vezes eu ouvi depoimentos assim "aaahh, começei com a maconha...achei que não ia ter problema experimentar outra coisa...usava só um poquinho até.."
    Vício é uma coisa complicada, não são todos que sabem o tamanho da sua força de vontade,os seus limites, por isso eu acho um pouco arriscado,e é como a Gé disse "Penso que cada um sabe o que é o melhor ou o pior para si,mas infelizmente não existe a consciência individual"

    Dani

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