segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Eu rotulado.

Há quem diga que não tem importância o que veste, ou ainda quem seja anti-tendência, entretanto, mesmo que se compre roupas de lojas de departamento, por exemplo, em algum momento aquelas peças de roupa foram analisadas e selecionadas por estilistas, e assim lançadas em massa no mercado, com variações de modelo ou cor.Algo que muitos costumam esquecer é que a moda volta, se recicla, usa referencias.
Então mesmo que se negue o
modismo, não há como escapar das tendências.A moda que sempre foi criticada como frívola, possui um fator (considerado por muitos) importante: o status social.Pois as pessoas se tratam melhor e com mais respeito quando se vestem bem.
As marcas influenciam violentamente nessa história toda, porque neste caso paga-se pela marca e não conforto ou qualidade, muitas vezes apenas para atingir um
status completamente fora de sua realidade.
A roupa surgiu não apenas para afastar o frio ou esconder as partes íntimas, mas também para instigar o homem tanto sexual quanto socialmente, provocação essa que mesmo
tênue mostra-se desigual criando uma hierarquia ainda maior entre as pessoas, rotulando-nos.

Inspirado no texto de Carlos Drumond de Andrade, "Eu etiqueta".

[Ana Hemb]