sexta-feira, 27 de novembro de 2009

sábado, 7 de novembro de 2009

“Fechado dentro de mim mesmo”

Idéias desprendidas

Acorda de manhã ainda com o corpo pesado, dos músculos relaxados se confundindo com o cansaço.Levanta e a primeira coisa que faz é ir ao banheiro com o rosto ainda inexpressivo e inchado da noite mau dormida por ter ficado até as 3 da manhã vendo aquele filme ou série que você  não podia perder de jeito algum.
Sua mãe que passa por você no corredor logo diz "bom dia" esperançosa de recebe-lo de volta, e você sem a mínima vontade de falar e movimentar os músculos faciais, apenas acena com a cabeça e esboça um sorriso, que logo é interpretado como mau humor por "nem dar bom dia direito".
Será que é tão difícil de entender, depois de tanto tempo de convivência, que não se trata de mau humor, mas sim de falta de vontade de dizer algo ao acordar? O dia começa pra mim quando eu já tomei um café quente e tudo mais, aí sim digo bom dia com o maior gosto.Antes disso pra mim, só se eu tiver dormido muito bem ou ter sonhado algo extremamente bom.A educação infiltrada em nossas mentes de que toda vez em que você não responde alguém que lhe cumprimenta é falta de educação é assustadora, porque pensa, não é todo dia em que você vai estar disposto e com a maior felicidade do mundo e dizer "good mornig sunshine".Ou quando nos perguntam " Oi, tudo bem?", a pessoa geralmente não quer realmente saber se está tudo bem, é em suma uma pergunta retórica, o que muitas vezes torna-se mecânico e irritante.
Quando se utiliza o transporte coletivo você não consegue chegar a conclusão se é melhor ter um carro ou andar de bicicleta, primeiro que o custo da passagem é um absurdo para o que se é oferecido, depois que a super lotação, os horários etc. não acontecem apenas em horários de pico ou no verão em que torna-se quase insuportável andar de ônibus.Inclusive, no inverno você pega ônibus com medo de pegar alguma doença viral e no verão alguma doença de pele, é um inferno.
As vezes dá uma vontade louca de deletar todas as contas de email, simplesmente deletar orkut, blog e afins, pela infelicidade de ver que tem gente que vive e é controlado por isso.Fora que a internet deixou de ser a muito tempo apenas para uso de comunicação e troca de informações, para muitos é quase uma segunda vida.
Tanto quanto o intelecto das pessoas aumentou com a internet, diminuiu também, pois hoje se dá importância mais para a sua vida social no orkut que em qualquer outro lugar real, em que o intelecto não vem no google ou Wikipédia com simples um Ctrl + c / Ctrl + v.
Escrever pra mim sempre foi uma forma libertadora de (tentar) explicar o que penso, mas por muitas vezes decaí na neura de não ter inspiração ou mesmo "nem sei porque escrevo se nada fica bom".Sou aspirante a escritora sim, mas a minha pretensão se mostra envergonhada ao conhecer mais e mais pessoas que escrevem esplêndidamente.
Pensava mesmo em fazer jornalismo, mas me vejo muito crítica para conseguir viver disso.Pensei em virar escritora, mas cheguei a conclusão de que grande maioria das coisas que gosto de fazer servem mais pra hobbie que pra vida profissional, o que me deixa mais confusa ainda.Arriscar ou não arriscar? Eis a questão.Afinal quem faz vestibular sofre sim muita pressão, mas quem não faz também sofre.
O mundo vive em tempos de nerds, hoje não é mais considerado estranho ser inteligente, adquiri-se aliás como qualidade.O intelecto nunca esteve tão explicito nas ultimas décadas, aliás os nerds, geeks, cdf's nunca foram tão "populares", em filmes, seriados, e mesmo na vida real.
Considero isso muito bom, afinal mesmo que tenhamos opiniões diferentes, crenças diferentes, culturas diferentes, é bom saber que o conhecimento é visto com bons olhos, e não apenas como "estude para ter um futuro", mas sim "estude para você saber viver, conhecer as coisas que te cercam, entender o porque das coisas, para você, e não para os outros".Esse foi um lema que eu considerei a partir do ensino médio, quando temos que começar a pensar em nossos futuros.
Ainda tem gente que acha um cúmulo comprar em brechós, mas creio que essas pessoas não pensam nos benefícios que pode-se ter através da reutilização de roupas, muitas vezes novas.Assim como a carne que boa parte de seu preço é em função do transporte do local de origem até os seus supermercados, e não apenas a carne.Só o combustível que gera poluição(e todo o resto), já lhe faz pensar duas vezes antes de comer carne todos os dias, além dos benefícios óbvios para a saúde.Tem gente que acha que refeição sem carne não existe, e que esquece que o ideal é comer no máximo uma ou duas porções por semana, isso variando entre carne vermelha e branca.Fora que muita gente se esquece que o que nos atrai não é o gosto puro e simples da carne(coisa que em muitos dá nojo só de pensar), mas sim o tempero que nela é colocado.
Os meus pensamentos existencialistas ainda são muitos muitos dos quais acontecem em conversar inexplicáveis e que trazem outro modo de ver as coisas, mas para colocá-los em palavras, você não terminaria de ler tão cedo, por tanto, postarei em doses pequenas conforme for me lembrando, e por enquanto fico por aqui.
ps.: este post pode ser deletado a qualquer momento.

[Ana Hemb]