Mais uma peste oriunda do capitalismo.
Dia comum, sol quente e apesar de não ter acontecido nada de especial eu estava até contente. Saí de casa atrasada, entrei no ônibus que estava quase vazio e sentei mais no fundo. A cada ponto novas pessoas, novos rostos. Mais gente, menos espaço.
Entra um cidadão, boné branco amarelado pelo tempo, cabelo escuro com pontas descoloridas e celular na mão, agora eu e todos os meus companheiros de viagem ouvíamos Victor e Léo.
Adoro a palavra bom senso e acho triste que algumas pessoas não a apreciem tanto quanto eu, sempre me pergunto por que nunca encontro pessoas escutando e obrigando outras pessoas a ouvirem rock’s e afins, isso me faz crer que as pessoas que geralmente são rotuladas de rebeldes e revoltadas por usarem certo tipo de roupa e ouvirem certo tipo de som tem muito mais bom senso que as pessoas que curtem esses sons massificados. Então não recrimino as pessoas que tem consciência e ouvem seu som com fones, até digo aproveitem, usufruam de suas músicas, meu problema é com os tipos como nosso amigo de hoje. Fiz um tour musical, ouvi pagode, funk e musica nativista, algumas vezes ouvia o dono do celular cantando junto. Calor, ônibus cheio e ouvindo a maldita fada querida, pensei, meu ponto está perto, logo esse inferno acaba, levantei e felizmente não tive grandes dificuldades de chegar a porta, ainda tive que passar por algumas meninas de doze anos no máximo, vestidas com roupas que eu até usaria, se fosse uma prostituta, que estavam monopolizando a porta. Desci e fiquei feliz em respirar o ar puro poluído das ruas da cidade, caminhei um pouco e encontrei a Ana, finalmente um rosto conhecido, o pesadelo tinha ficado para trás, mas minha mente já estava ocupada outra vez, pensando em como ficaria esse texto.
Gabi.
quinta-feira, 30 de abril de 2009
quarta-feira, 29 de abril de 2009
Axioma.
"Intensidade, devoção que vai além da vaidade e paixão que se confunde com amor, não vai além do posso e não quero, e do quero e não posso. Assim a vida amarga é doce. Tenho esperanças vencidas como ponto de partida, caminho colhendo estrelas perdidas.Começo a conhecer-me, e ainda não existo..."
[Anônimo]
[Ana Hemb]
segunda-feira, 27 de abril de 2009
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"Você pode discordar de muitas coisas que eu digo aqui. Muitas. Afinal, cada um de nós é um ser único. Cada um e nós tem seu próprio tempo, sua história, seu sistema de valores, sua maneira de julgar um fato, analisar fenômenos, fazer escolhas e encontrar saídas. Cada um de nós tem suas próprias idéias de verdade, de justiça, de amor, de religião, de liberdade. Cada um de nós tem seu próprio modo de se salvar. Ou se perder..."
Edson Marques
Edson Marques
[Dani]
domingo, 26 de abril de 2009
1° Colóquio sobre Anarquismo Social
Fomos convidadas a participar ontem do 1° Colóquio sobre o Anarquismo Social, o que foi muito bom porque apesar de ler muito sobre o assunto e entrar constantemente em discussão entre os nossos amigos e nós (Ana, Dani e Gabi), é um assunto que éramos um tanto quanto leigas, e como foco de discussão ficavam limitadas as nossas meras deduções imaturas, afinal fica difícil tirar conclusões de um assunto que não dominamos.O Colóquio aconteceu aqui mesmo em Joinville, na Associação de Moradores do Itaum, onde um grupo de mais ou menos 14 pessoas, incluindo estudantes de Jornalismo, de História, entre interessados e/ou curiosos (o que era o nosso caso) ouviu, perguntou e debateu sobre o assunto.Não só de âmbito histórico mas também e principalmente sua evolução e ação, e o modo como reflecte na sociedade actual.
Esses debates aconteceram também em Curitiba e Florianópolis.
Os encontros continuam com o GEIPA organizando a leitura e debate de outros textos anarquistas, uma vez por mês (se não nos falta a memória).E o mais interessante é que para participar não precisa ser Anarquista, basta acompanhar os textos para participar da discussão.Quem quiser saber mais: http://www.geipajoinville.blogspot.com
Alguns Pontos:
• "O anarquista é libertário, mas nem todo libertário é um anarquista";
• "Com a queda dos sindicatos o anarquismo cai junto, perdendo então o vector social";
• " Não questionar faz você apenas sobreviver e ir com a corrente(massa dominante), a partir do momento que você põe as coisas em dúvida, você influencia e é influenciado.";
• "Você tem que cuidar em simplismente se auto afirmar anarquista (ou um 'anarquista puro'), pois pode ser interpretado de forma errada, já que há várias outras denominações (ou subcorrentes dentro do prório Anarquismo), como : Anarco-individualismo, Anarco-capitalismo, Anarco-sindicalismo, Anarco-comunismo entre outros.";
• "Anarquismo social no sentido de ter como base a sociedade, ser antes de econômico ou político, social, com o objetivo na melhoria da sociedade pela coletividade sem subordinação de certos poderes uns aos outros.";
• "Mostrar a idéia da anarquia através de exemplos concretos e não apenas pela imposição de teorias.".
Rafael Viana estava nos falando sobre como acontece na cidade dele (Rio de Janeiro) a questão de agir, não apenas de forma anarquista (até porque nem todos os componentes do projeto são anarquistas), mas coletivamente para um bem maior.Nos falou de projetos sociais que ainda vão entrar ou já estão em prática em comunidades do Rio.Um deles é a Universidade Popular (http://www.universidadepopular.org/pages/pt/inicio.php).
Pretendemos estar nas próximas reuniões, apesar de por enquanto sermos apenas libertárias.
[Ana Hemb, Dani e Gabi]
sexta-feira, 24 de abril de 2009
A quase vegetariana
Eu andei vendo uns documentários do tipo "Meet your Meat" e achei esse texto de Haroldo Cella no site www.vegetarianismo.com.br/sitio/. Eu não vou falar muito sobre isso agora, deixar pra Gabi que É vegetariana e pode falar melhor sobre o assunto, quem sabe depois.. bom.. ENFIM!! Aqui vai o texto :
"Ela nunca havia pensado no assunto, mas após assistir a uma palestra, acompanhada de um filme, sobre a morte (eufemisticamente chamada de "abate") dos animais que constituem as principais fontes de proteínas para a alimentação dos seres humanos, emocionou-se e, naquele momento, teve certeza de que nunca mais conseguiria voltar a degustar um "suculento" rosbife, um lombinho "bem temperado" ou uma "saborosa" coxa de galinha, sem lembrar dos olhos tristes, assustados ou desesperados daqueles seres, segundos antes de serem abatidos, ou, como ela começava a pensar: momentos antes de serem fria e covardemente assassinados.
Decidiu entrar, pela primeira vez, em um restaurante ovo-lacto-vegetariano e, para sua surpresa, descobriu que a comida, incluindo a famigerada soja, era gostosa. Percebeu que, na verdade, nunca havia apreciado realmente o gosto da carne em si, mas sim do tempero que ela levava, ainda que fosse apenas sal, como no caso do churrasco. Talvez, por isso, tenha adorado o bem temperado "churrasco" vegetariano, feito de glúten e proteína de soja.
Fez amizade com vegetarianos e, após muitas conversas, compreendeu que o nosso prazer em saborear músculos de animais mortos decorre do fato de que não temos plena consciência de estarmos comendo, na verdade, um pedaço de cadáver, produto de uma matança diária sangrenta, cruel e dolorosa, de milhões de seres que, assim como nós, eram, enquanto vivos, capazes de sentir prazer, alegria, medo e dor, entre outras sensações e sentimentos.
Entretanto, ao tentar explicar isso para algumas pessoas amigas suas, "carnívoras" convictas, ouviu daquele que era, até então, um de seus melhores amigos o seguinte questionamento, feito em tom sarcástico, acompanhado de gestos teatrais: por que razão os vegetarianos não têm pelas plantas a mesma compaixão que dizem ter pelos animais, uma vez que matam e comem os vegetais sem dó nem piedade, da mesma forma como os carnívoros fazem com relação aos animais? Ela não soube como responder, mas, engolindo em seco, prometeu pesquisar sobre o assunto.
Após ler alguns livros e colocar a questão para alguns de seus novos amigos, vegetarianos, ouviu de uma senhora uma explicação que lhe pareceu convincente. Segundo ela, a filosofia que norteia o vegetarianismo é a de que o ser humano possui inteligência e consciência suficientes para lhe permitir que viva e se alimente sem ser à custa do sofrimento de outros seres sencientes, ou seja, de seres que possuem em seu organismo um sistema nervoso que promova sensações e sentimentos, responsáveis pelo contentamento ou pelo seu oposto, o sofrimento. Ela explicou-lhe que as plantas e a maioria dos animais invertebrados não possuem sistemas que lhes permitam sentirem medo ou dor, sendo que, nos próprios vertebrados, existem tecidos não inervados, como a pele ou os pelos.
Retornou então ao amigo carnívoro que havia levantado a questão e, com base no discurso de sua amiga vegetariana, decidiu sugerir a ele o seguinte: que deixasse de cortar seus cabelos e unhas, pois apesar da ausência de células nervosas nesses tecidos, seria lógico esperar, segundo o ponto de vista que ele defendia, que o corte desses tecidos provocasse tanto sofrimento quanto o corte de um dedo, por exemplo. Indo mais além, sugeriu ainda que ele cortasse logo os seus dedos e arrancasse fora o couro cabeludo, para não precisar mais cortar unhas e cabelos, uma vez que, segundo a lógica que ele utilizava, estaria, assim, provocando o mesmo tipo de sofrimento que o simples corte dos cabelos ou das unhas, com a vantagem de ser pela última vez. Dito isto, virou-lhe as costas de forma teatral e foi-se embora.
Algum tempo depois desse episódio, encontrou novamente o rapaz, que lhe confessou ter pensado muito no que ela lhe dissera, a ponto de já não sentir mais prazer em comer carne. Mas antes que ela dissesse qualquer coisa, ele colocou o seguinte: se os vegetarianos não comem carne porque não querem causar sofrimento aos animais, então não deveriam igualmente consumir gelatinas, geléias, chicletes e quaisquer outros produtos, incluindo produtos de limpeza e cosméticos, feitos a partir de colágeno, "mocotó" e sebo, extraídos de bois mortos, sendo que, pelo mesmo motivo, também não deveriam usar nenhum utensílio feito de couro, de osso ou de pêlo desses animais, entre outros tantos "produtos" que são obtidos a partir dos mesmos, à custa de sofrimento e morte.
Ela permaneceu atônita por alguns segundos, dando-lhe oportunidade de continuar seu raciocínio. Lembrou-a, então, que as indústrias de ovos e de laticínios, obtêm suas matérias-primas a partir de sistemas de criação, em que os animais (galinhas e vacas) são criados confinados, com evidente sofrimento para os mesmos, além de serem mortos muito antes do que morreriam, caso tivessem morte natural. Ou seja, uma pessoa que pretendesse seguir uma dieta ovo-lacto-vegetariana, para estar com sua consciência totalmente tranqüila, só deveria consumir ovos de galinha caipira, criadas soltas no mato, e alguns tipos de queijos artesanais feitos a partir do leite de vacas que vivem toda a sua vida soltas no pasto.
Ela ainda manteve-se calada por algum tempo, absorta em seus pensamentos, antes de agradecer-lhe pelo toque, olhar para si mesma e constatar que deixou de comer carne, com pena dos animais, cujos olhos moribundos lhe comoveram, mas continuava usando bolsa, cinto e sapatos de couro...
Algum tempo depois dessa conversa, já refeita do choque inicial, ela decidiu repensar sua decisão anterior de apenas não comer carne e procurou se informar melhor sobre quantos produtos, entre os que consumimos no dia-a –dia, contêm matérias-primas ou insumos derivados da matança de animais, ou do confinamento cruel dos mesmos.
Descobriu que, além das coisas que seu amigo levantara, também os filmes fotográficos e de cinema são recobertos por uma espécie de gelatina que é extraída do interior da canela dos bovinos; dos pés dos bovinos também são obtidas substâncias utilizadas na espuma de extintores de incêndio; do sangue bovino obtém-se um fixador para tintas e tinturas; a gordura bovina é usada em pneus, plásticos em geral, velas e PVC, além de compor a fórmula da glicerina, que serve de base para sabonetes, cosméticos, xampus, cremes de barbear e até mesmo dinamite; medicamentos diversos utilizam substâncias extraídas de órgãos bovinos; queijos curados são feitos com uma enzima retirada do estômago do bezerro; alguns pincéis são feitos de pelo de suínos; ....
A lista parecia interminável. Uma tristeza melancólica se instalou no seu espírito. Como viver em uma moderna sociedade industrial sem ser cúmplice, de alguma forma, do sofrimento e morte imposto aos animais, especialmente aos bovinos. Lembrou-se de que na Índia o boi é sagrado e que, ao mesmo tempo, é o país que mais faz filmes de cinema. Será que os filmes deles não conteriam a tal gelatina bovina? Ou será que eles simplesmente ignoram o fato e importam a película?
Sua consciência ficou ainda mais pesada quando soube, por intermédio de um amigo, que, em Universidades e Institutos de pesquisa, milhares de animais são submetidos, diariamente, a sessões de tortura, através da exposição à substâncias que provocam dores, doenças e morte, tudo com a finalidade de testar a eficácia de substâncias que poderão vir a se tornar remédios para nós humanos. Os "naturebas" não sabem, disse o amigo, mas quando se divulga, por exemplo, que está cientificamente provado que o chá feito com a folha de tanchagem é eficaz para aliviar a dor e outros sintomas de um resfriado, é porque uma Universidade testou o emprego de substâncias extraídas da planta no alívio da dor de cobaias de laboratório. E como é feito isso? Eles separam dois grupos de cobaias e injetam em cada um dos pequenos animais algumas drogas que fazem com que os bichinhos se contorçam, com dores insuportáveis. Um dos grupos recebe então uma injeção da substância presente na tanchagem, que desconfia-se seja analgésica. Então os pesquisadores contam o número de contorções. Como o grupo que se contorceu menos foi o grupo que recebeu a substância, então há evidências de que ela seja mesmo analgésica. A experiência é então repetida várias vezes, com outras cobaias e em outras Universidades, até que se forma o consenso científico em torno do poder analgésico da mesma. É só então que as publicações especializadas em fitoterapia começam a divulgar a eficácia comprovada da tanchagem, um produto "natural", no alívio dos sintomas do resfriado...
Depois de agradecer ao amigo por mais esta triste informação, ela decidiu dar um tempo em suas pesquisas. Refletiu durante muito tempo sobre essas questões e muitas outras que foram brotando em sua mente ao longo de intermináveis semanas de angústia e sentimento de impotência. Chegou à conclusão de que, num mundo dominado pelo capitalismo, onde os seres humanos exploram e causam sofrimento aos próprios semelhantes para ganhar mais dinheiro, seria mesmo demais esperar que tivessem compaixão por animais considerados inferiores.
Percebeu que ser vegetariana, num mundo assim, é muito mais difícil do que parece ser. Finalmente, constatou que, diante da quase impossibilidade que seria boicotar tudo aquilo que, para existir, beneficiou-se direta ou indiretamente do sofrimento de animais, muitos se iludem, dizendo-se vegetarianos somente porque não comem mais carne.
E foi assim que ela decidiu assumir sua triste condição de quase vegetariana."
[Dani]
"Ela nunca havia pensado no assunto, mas após assistir a uma palestra, acompanhada de um filme, sobre a morte (eufemisticamente chamada de "abate") dos animais que constituem as principais fontes de proteínas para a alimentação dos seres humanos, emocionou-se e, naquele momento, teve certeza de que nunca mais conseguiria voltar a degustar um "suculento" rosbife, um lombinho "bem temperado" ou uma "saborosa" coxa de galinha, sem lembrar dos olhos tristes, assustados ou desesperados daqueles seres, segundos antes de serem abatidos, ou, como ela começava a pensar: momentos antes de serem fria e covardemente assassinados.
Decidiu entrar, pela primeira vez, em um restaurante ovo-lacto-vegetariano e, para sua surpresa, descobriu que a comida, incluindo a famigerada soja, era gostosa. Percebeu que, na verdade, nunca havia apreciado realmente o gosto da carne em si, mas sim do tempero que ela levava, ainda que fosse apenas sal, como no caso do churrasco. Talvez, por isso, tenha adorado o bem temperado "churrasco" vegetariano, feito de glúten e proteína de soja.
Fez amizade com vegetarianos e, após muitas conversas, compreendeu que o nosso prazer em saborear músculos de animais mortos decorre do fato de que não temos plena consciência de estarmos comendo, na verdade, um pedaço de cadáver, produto de uma matança diária sangrenta, cruel e dolorosa, de milhões de seres que, assim como nós, eram, enquanto vivos, capazes de sentir prazer, alegria, medo e dor, entre outras sensações e sentimentos.
Entretanto, ao tentar explicar isso para algumas pessoas amigas suas, "carnívoras" convictas, ouviu daquele que era, até então, um de seus melhores amigos o seguinte questionamento, feito em tom sarcástico, acompanhado de gestos teatrais: por que razão os vegetarianos não têm pelas plantas a mesma compaixão que dizem ter pelos animais, uma vez que matam e comem os vegetais sem dó nem piedade, da mesma forma como os carnívoros fazem com relação aos animais? Ela não soube como responder, mas, engolindo em seco, prometeu pesquisar sobre o assunto.
Após ler alguns livros e colocar a questão para alguns de seus novos amigos, vegetarianos, ouviu de uma senhora uma explicação que lhe pareceu convincente. Segundo ela, a filosofia que norteia o vegetarianismo é a de que o ser humano possui inteligência e consciência suficientes para lhe permitir que viva e se alimente sem ser à custa do sofrimento de outros seres sencientes, ou seja, de seres que possuem em seu organismo um sistema nervoso que promova sensações e sentimentos, responsáveis pelo contentamento ou pelo seu oposto, o sofrimento. Ela explicou-lhe que as plantas e a maioria dos animais invertebrados não possuem sistemas que lhes permitam sentirem medo ou dor, sendo que, nos próprios vertebrados, existem tecidos não inervados, como a pele ou os pelos.
Retornou então ao amigo carnívoro que havia levantado a questão e, com base no discurso de sua amiga vegetariana, decidiu sugerir a ele o seguinte: que deixasse de cortar seus cabelos e unhas, pois apesar da ausência de células nervosas nesses tecidos, seria lógico esperar, segundo o ponto de vista que ele defendia, que o corte desses tecidos provocasse tanto sofrimento quanto o corte de um dedo, por exemplo. Indo mais além, sugeriu ainda que ele cortasse logo os seus dedos e arrancasse fora o couro cabeludo, para não precisar mais cortar unhas e cabelos, uma vez que, segundo a lógica que ele utilizava, estaria, assim, provocando o mesmo tipo de sofrimento que o simples corte dos cabelos ou das unhas, com a vantagem de ser pela última vez. Dito isto, virou-lhe as costas de forma teatral e foi-se embora.
Algum tempo depois desse episódio, encontrou novamente o rapaz, que lhe confessou ter pensado muito no que ela lhe dissera, a ponto de já não sentir mais prazer em comer carne. Mas antes que ela dissesse qualquer coisa, ele colocou o seguinte: se os vegetarianos não comem carne porque não querem causar sofrimento aos animais, então não deveriam igualmente consumir gelatinas, geléias, chicletes e quaisquer outros produtos, incluindo produtos de limpeza e cosméticos, feitos a partir de colágeno, "mocotó" e sebo, extraídos de bois mortos, sendo que, pelo mesmo motivo, também não deveriam usar nenhum utensílio feito de couro, de osso ou de pêlo desses animais, entre outros tantos "produtos" que são obtidos a partir dos mesmos, à custa de sofrimento e morte.
Ela permaneceu atônita por alguns segundos, dando-lhe oportunidade de continuar seu raciocínio. Lembrou-a, então, que as indústrias de ovos e de laticínios, obtêm suas matérias-primas a partir de sistemas de criação, em que os animais (galinhas e vacas) são criados confinados, com evidente sofrimento para os mesmos, além de serem mortos muito antes do que morreriam, caso tivessem morte natural. Ou seja, uma pessoa que pretendesse seguir uma dieta ovo-lacto-vegetariana, para estar com sua consciência totalmente tranqüila, só deveria consumir ovos de galinha caipira, criadas soltas no mato, e alguns tipos de queijos artesanais feitos a partir do leite de vacas que vivem toda a sua vida soltas no pasto.
Ela ainda manteve-se calada por algum tempo, absorta em seus pensamentos, antes de agradecer-lhe pelo toque, olhar para si mesma e constatar que deixou de comer carne, com pena dos animais, cujos olhos moribundos lhe comoveram, mas continuava usando bolsa, cinto e sapatos de couro...
Algum tempo depois dessa conversa, já refeita do choque inicial, ela decidiu repensar sua decisão anterior de apenas não comer carne e procurou se informar melhor sobre quantos produtos, entre os que consumimos no dia-a –dia, contêm matérias-primas ou insumos derivados da matança de animais, ou do confinamento cruel dos mesmos.
Descobriu que, além das coisas que seu amigo levantara, também os filmes fotográficos e de cinema são recobertos por uma espécie de gelatina que é extraída do interior da canela dos bovinos; dos pés dos bovinos também são obtidas substâncias utilizadas na espuma de extintores de incêndio; do sangue bovino obtém-se um fixador para tintas e tinturas; a gordura bovina é usada em pneus, plásticos em geral, velas e PVC, além de compor a fórmula da glicerina, que serve de base para sabonetes, cosméticos, xampus, cremes de barbear e até mesmo dinamite; medicamentos diversos utilizam substâncias extraídas de órgãos bovinos; queijos curados são feitos com uma enzima retirada do estômago do bezerro; alguns pincéis são feitos de pelo de suínos; ....
A lista parecia interminável. Uma tristeza melancólica se instalou no seu espírito. Como viver em uma moderna sociedade industrial sem ser cúmplice, de alguma forma, do sofrimento e morte imposto aos animais, especialmente aos bovinos. Lembrou-se de que na Índia o boi é sagrado e que, ao mesmo tempo, é o país que mais faz filmes de cinema. Será que os filmes deles não conteriam a tal gelatina bovina? Ou será que eles simplesmente ignoram o fato e importam a película?
Sua consciência ficou ainda mais pesada quando soube, por intermédio de um amigo, que, em Universidades e Institutos de pesquisa, milhares de animais são submetidos, diariamente, a sessões de tortura, através da exposição à substâncias que provocam dores, doenças e morte, tudo com a finalidade de testar a eficácia de substâncias que poderão vir a se tornar remédios para nós humanos. Os "naturebas" não sabem, disse o amigo, mas quando se divulga, por exemplo, que está cientificamente provado que o chá feito com a folha de tanchagem é eficaz para aliviar a dor e outros sintomas de um resfriado, é porque uma Universidade testou o emprego de substâncias extraídas da planta no alívio da dor de cobaias de laboratório. E como é feito isso? Eles separam dois grupos de cobaias e injetam em cada um dos pequenos animais algumas drogas que fazem com que os bichinhos se contorçam, com dores insuportáveis. Um dos grupos recebe então uma injeção da substância presente na tanchagem, que desconfia-se seja analgésica. Então os pesquisadores contam o número de contorções. Como o grupo que se contorceu menos foi o grupo que recebeu a substância, então há evidências de que ela seja mesmo analgésica. A experiência é então repetida várias vezes, com outras cobaias e em outras Universidades, até que se forma o consenso científico em torno do poder analgésico da mesma. É só então que as publicações especializadas em fitoterapia começam a divulgar a eficácia comprovada da tanchagem, um produto "natural", no alívio dos sintomas do resfriado...
Depois de agradecer ao amigo por mais esta triste informação, ela decidiu dar um tempo em suas pesquisas. Refletiu durante muito tempo sobre essas questões e muitas outras que foram brotando em sua mente ao longo de intermináveis semanas de angústia e sentimento de impotência. Chegou à conclusão de que, num mundo dominado pelo capitalismo, onde os seres humanos exploram e causam sofrimento aos próprios semelhantes para ganhar mais dinheiro, seria mesmo demais esperar que tivessem compaixão por animais considerados inferiores.
Percebeu que ser vegetariana, num mundo assim, é muito mais difícil do que parece ser. Finalmente, constatou que, diante da quase impossibilidade que seria boicotar tudo aquilo que, para existir, beneficiou-se direta ou indiretamente do sofrimento de animais, muitos se iludem, dizendo-se vegetarianos somente porque não comem mais carne.
E foi assim que ela decidiu assumir sua triste condição de quase vegetariana."
[Dani]
quarta-feira, 22 de abril de 2009
O que é vida?
Hoje a saudade bateu forte, as lembranças afloraram e lágrimas novamente foram derramadas.
Não ter você ao meu lado todos os dias dói tanto.
E a saudade é enorme!
O coração bate mais devagar,
querendo parar quando penso em você.
Seria mais fácil desistir de viver,
mais fácil que não te ter.
Tudo o que passamos,
não acaba assim, nunca vai ter um fim.
Tudo estará sempre na memória e principalmente no coração.
15/08/1992~03/02/2009
Gabi.
Não ter você ao meu lado todos os dias dói tanto.
E a saudade é enorme!
O coração bate mais devagar,
querendo parar quando penso em você.
Seria mais fácil desistir de viver,
mais fácil que não te ter.
Tudo o que passamos,
não acaba assim, nunca vai ter um fim.
Tudo estará sempre na memória e principalmente no coração.
15/08/1992~03/02/2009
Gabi.
ENEM -Exame Nacional do Ensino Médio
"O inep está preparando e pretende aplicar o novo Enem em outubro. A prova de agosto, então, será adiada e trará as mudanças. A principal delas é a inclusão de conteúdos do ensino médio, que ainda serão definidos. O Enem, hoje, cobre somente habilidades e não inclui nenhuma questão com conteúdos do ensino médio (gramática, coordenadas geográdicas, guerras mundiais). A nova prova prevê que cada uma das quatro áreas (1- Linguagens, Códigos e suas Tecnologias, incluindo redação; 2- Ciências Humanas e suas Tecnologias; 3- Ciências da Natureza e suas Tecnologias; 4- Matemática e suas Tecnologias; Serão 200 questões - 50 de cada área- com conteúdos do ensino médio) avaliem 30 habilidades do candidato.Exemplo: em Ciências Humanas e suas Tecnologias, o aluno deverá saber comparar pontos de vista expressos em diferentes fontes sobre um determinado aspecto da cultura e identificar os significados históricos das relações de poder entre as nações, entre outras.Por isso, você terá de continuar estudando as disciplinas do ensino médio, aprendendo a relacionar os conteúdos (sem decoreba)."
[Diário Catarinense - 16 de abril de 2009]
[Ana Hemb]
domingo, 19 de abril de 2009
We all wanna change the world
"Você diz que você quer uma revolução
Bem, você sabe..
Todos nós queremos mudar o mundo
Você me diz que isso é uma evolução
Bem, você sabe
Todos nós queremos mudar o mundo
Mas quando você fala em destruição,
Você não sabe que pode contar comigo?
Você não sabe que vai acabar tudo bem?
Tudo bem.. tudo bem...
Você diz que você tem a solução real
Bem, você sabe..
Todos nós adorariamos ver o plano
Você me pede uma contribuição
Bem, já sabe..
Todos nós fazemos o que podemos
Mas se você quer o dinheiro para pessoas que só tem odio na mente
Tudo o que posso dizer, irmão, você vai ter que esperar
Não sabe que vai acabar tudo bem?
Tudo bem, tudo bem
Você diz que você mudará a constituição
Bem, você sabe..
Todos nós queremos mudar a sua cabeça
Você me diz que isso é a instituição,
Bem, você sabe..
É melhor você libertar sua mente
Mas se você vai andar com fotos do camarada Mao
Também não vai convencer a ninguem
Não sabe que vai acabar tudo bem?
Tudo bem, tudo bem....
Ah, ah ah ah ah ah ah ah ah ah
Tudo bem, tudo bem, tudo bem
Tudo bem, tudo bem, tudo bem
Tudo bem, tudo bem, tudo bem
Ah, ah ah ah ah ah ah ah
Tudo bem, tudo bem"
[Revolution, Tradução - The Beatles]
"Pense globalmente e actue localmente."
John LennonP.S.:Post meio apressado!Aliás, estamos querendo mandar fazer a camiseta do Blog, em breve terá fotos no orkut com o modelo que já foi feito pro pessoal ver.Quem estiver interessado, favor entrar em contato ou por email ou por orkut, Obrigado!
[Ana Hemb]
quinta-feira, 16 de abril de 2009
Argumentação.
Eu estava andando pela rua essa semana com a Gabi, e então nos parou um cara de tipo uns quarenta anos de idade, com uns livros nas mãos e nos entregou dizendo que era o trabalho dele, que ele havia se curado da dependência química "graças a Jesus Cristo", algo assim:o Cara - Olá eu sou ex dependente químico graças a Jesus Cristo consegui hoje estar curado, agora eu faço poemas/textos que estão nesse livro... (e começou a citar o primeiro poema que aparecia logo na capa do livro.)
o Cara - Bom esse livro fala de um modo espiritual da ajuda que eu tive, bom não espiritual do espiritismo "Allan Kardec", mas espiritual religioso.
Ana/Gabi - Ah tá, então espiritismo (sendo de Allan Kardec ou não) não é religioso ?
o Cara - Bom, não que eu tenha nada contra...Mas Deus me ajudou muito na luta contra...Vocês acreditam em Deus ou no Demônio?
Gabi - Eu não acredito em nenhum dos dois.
o Cara - Mas como?! Não é bem certo das ideias não acreditar em Deus, veja bem, não deixe o demônio lhe iludir desse jeito, essa é a primeira arma dele, fazer você não acreditar em Deus.Vocês acreditam que os homens vieram dos macacos ? Não teria como, se não teria que existir macaco branco, negro, japonês...e como eles falam línguas diferentes em lugares diferentes do mundo ? Não é possível explicar, se não através de Deus ter criado tudo.
Ana - Sabe existe uma coisa chamada Expansão territorial, e povos diferentes que vieram de uma evolução (de macacos ou não) encontraram formas diferentes (em línguas diferentes) de se comunicar, e em relação ao Big Bang, não sei ao certo se acredito, mas 'depois da destruição há a construção', alguns planetas e muitas estrelas vem da destruição de outros corpos celestes...
o Cara - Mas como poderia ter sido criado algo tão bonito como o nosso planeta a partir de uma explosão que destrói tudo?Só pode ter sido Deus.Você tem que ter fé. - Diz o cara indignado já de ter parado as pessoas erradas pra discutir sobre o assunto.
Gabi - Tá, mas assim como tu acredita que foi Deus que supostamente criou tudo, a gente não acredita.Tu tens a tua opinião e nós temos a nossa.
Ana - Você ter fé em Deus ou não, não é a questão.Você tendo fé em você mesmo já faz uma grande diferença, você move o que está a sua volta.Você acredita nos homens?
o Cara - Triste daquele que acredita nos homens.
Ana - Deus foi criado pelos homens, assim como a Bíblia foi escrita pelos homens.
o Cara - Tá então quem veio primeiro, o ovo ou a galinha? - Diz ele com um brilho no olhar como se tivesse finalmente nos pego de jeito.
Ana - Olha, provavelmente o ovo por ser uma célula deve ter vindo primeiro e depois de um tempo de evolução virou uma galinha.
Gabi - Então, o papo tá muito bom, mas a gente tem que ir.
o Cara - Sim claro, obrigado pela atenção, Deus abençoe vocês! - Diz ele já meio atordoado indo embora.
Bom só sei que, se você quer acreditar que existe um Deus chamado WakaWaka, você pode acreditar, se você quer acreditar em Deus, seja ele católico, espírita, evangélico ou seja lá o que for, você pode, se você não quiser acreditar em nada, você pode também.Você possui livre-arbítrio (Faculdade da vontade para se determinar).
Mas se você quer convencer alguém a acreditar em seu Deus , é bom ao menos ter bons argumentos ao invés de apoiar-se em ditos populares.
Saiba melhor sobre seus ideais(ou qualquer outra coisa) antes de sair vendendo eles por aí.
Saber argumentar não é apenas saber mais que a outra pessoa, é de fato convencer, mostrar a sua versão, a sua verdade.
Argumentar:
1. Aduzir argumentos; objectar..
2. Alegar.
3. Responder.
4. Opor.
"Aceita o conselho dos outros, mas nunca desistas da tua própria opinião." Shakespeare
[Ana Hemb]
quarta-feira, 15 de abril de 2009
Waking Life
"A razão pela qual eu me recuso a encarar o existencialismo como uma outra moda francesa ou curiosidade histórica é que eu penso que ele tem algo muito importante a nos oferecer, para o novo século. Temo que estamos perdendo as verdadeiras virtudes de viver a vida apaixonadamente no sentido de termos responsabilidade por quem somos, a habilidade de fazer algo de si mesmo e se sentir bem em relação a vida. Existencialismo geralmente é discutido como uma filosofia do desespero, mas eu penso que a verdade é realmente o oposto disso. Sartre, uma vez entrevistado disse que ele nunca sentiu um dia de desespero na vida dele. Uma coisa que aparece de ler esses caras não é tanto um senso de angústia sobre vida, mas um tipo verdadeiro de exuberância de se sentir no topo dela, é como se a vida fosse sua para criá-la. Eu li os pós-modernistas com algum interesse, até admiração, mas quando eu os lia eu sempre tinha esse sentimento irritante horroroso que algo absolutamente essencial estava sendo deixado de lado. Quanto mais você fala sobre uma pessoa como uma construção social ou como uma confluência de forças ou como sendo fragmentada ou marginalizada, o que você faz é abrir um novo mundo inteiro de desculpas. E quando Sartre fala de responsabilidade, ele não está falando de algo abstrato. Ele não está falando sobre o tipo de “eu” ou “almas” que os teólogos falam. Ele está falando de você e eu, conversando, fazendo decisões, fazendo coisas, e recebendo as conseqüências. Pode ser verdade que existem seis bilhões de pessoas nesse mundo, e aumentando, entretanto - o que você faz, faz a diferença. Faz a diferença, primeiramente, em termos materiais, para outras pessoas e dispõe um exemplo. Resumindo, eu penso que a mensagem aqui é que nós nunca deveríamos nos subestimar ou nos vermos como vítimas de várias forças. A decisão por sermos quem somos é sempre nossa."
Trecho Waking Life..
quem quiser assistir outras partes (legendado) : http://www.youtube.com/watch?v=aREfQGtMdrs&feature=PlayList&p=366486D0D4DE87CC&index=7
http://www.youtube.com/watch?v=80NP4zUnwWE&feature=PlayList&p=366486D0D4DE87CC&index=0
[Dani]
Trecho Waking Life..
quem quiser assistir outras partes (legendado) : http://www.youtube.com/watch?v=aREfQGtMdrs&feature=PlayList&p=366486D0D4DE87CC&index=7
http://www.youtube.com/watch?v=80NP4zUnwWE&feature=PlayList&p=366486D0D4DE87CC&index=0
[Dani]
Sonhando com qualidade..
Aqui vai uma sugestão de filme - WAKING LIFE.
É uma obra filosófica surreal que aborda dialéticas de pensadores como Jean Paul Sartre, Nietzche, Platão e Aristóteles. A história é sobre um personagem que se encontra imerso num reino de sonhos no qual não consegue sair. Nele, ele ouve e conversa com vários personagens que tentam ensiná-lo algo, com temas como : O Homem Auto-Destrutivo, Existencialismo, Livre-arbítrio, Sonhos, Evolução, Teoria e Ação...nossa é muita coisa.É um filme pra se assistir com o dedo no pause, pra digerir tudo. Além do contexto ideológico do filme chama atenção a construção estética da fotografia. O filme é uma animação, mas que foi filmada com atores e situações reais, dando uma impressão realista e ao mesmo tempo psicodélica para os movimentos dos personagens. É uma viagem mesmo, cheia de erros e contradições quanto na vida real.
Um trechinho : "Passamos pela vida esbarrando uns nos outros, sempre no piloto automático, como formigas, não sendo solicitados a fazer nada de verdadeiramente humano. Pare. Siga. Ande aqui. Dirija ali. Ações voltadas apenas a sobrevivência. Toda comunicação servindo para manter ativa a colônia de formigas de um modo eficiente e civilizado. “O seu troco”, “Papel ou plástico?”, “Crédito ou débito?”, “Aceita ketchup?”. Não quero um canudo. Quero momentos humanos verdadeiros. Quero ver você. Quero que você me veja. Não quero abrir mão disso. Não quero ser uma formiga, entende?"
É um filme longo com muuuuuito diálogo, o que pra alguns é algo chato, mas acho que vale a pena. Melhor do que muita coisa que passa aí na tv..
Nos faz pensar.
[Dani]
terça-feira, 14 de abril de 2009
Reflexo da Alma
Vivendo apenas por viver
não me importo com o amanhã
deixo o tempo passar
apenas caminho na estrada da vida
querendo chegar ao fim
Caido no meio da estrada
pensei que ali morreria sozinho
quando você me levanta
e com seu amor me mostra um novo caminho
Vivendo intensamente o presente
desejando o amanhã
aproveitando cada segundo ao seu lado
nos amando eternamente
Por Geraldo Tsuneo Yamamoto, um grande amigo do blog.
Continua sempre com os teus poemas japa, se é isso que tu gosta um dia vai dar certo e vão ser reconhecidos.
Gabi.
não me importo com o amanhã
deixo o tempo passar
apenas caminho na estrada da vida
querendo chegar ao fim
Caido no meio da estrada
pensei que ali morreria sozinho
quando você me levanta
e com seu amor me mostra um novo caminho
Vivendo intensamente o presente
desejando o amanhã
aproveitando cada segundo ao seu lado
nos amando eternamente
Por Geraldo Tsuneo Yamamoto, um grande amigo do blog.
Continua sempre com os teus poemas japa, se é isso que tu gosta um dia vai dar certo e vão ser reconhecidos.
Gabi.
segunda-feira, 13 de abril de 2009
...pero sin perder la ternura jamás.
Milhões de perguntas, o corpo já está cansado a mente está exausta,
as horas passam e não se encontra as respostas.
Angústia, angústia, desespero.
Um vermelho vibrante chama a atenção,
um corte na carne, a dor.
Não pensa em mais nada, cuida do ferimento e deixa o resto pra depois.
É fácil esquecer os problemas e adiar as soluções,
mas o tapete foi manchado com sangue, ele está pra sempre marcado.
“Você quer me matar com balas?
Por detrás desta máscara e por baixo desse manto não há carne ousangue para serem mortos. Há idéias. E idéias são imortais.”
V de Vingança
Obs:. O título original do texto não é esse, mas hoje um amigo recente do blog me relembrou essa frase e eu achei que ela se encaixa perfeitamente com o texto.
Obrigado.
"Hay que endurecerse, pero sin perder la ternura jamás."
Ernesto Guevara
Salve El Che!
Gabi.
as horas passam e não se encontra as respostas.
Angústia, angústia, desespero.
Um vermelho vibrante chama a atenção,
um corte na carne, a dor.
Não pensa em mais nada, cuida do ferimento e deixa o resto pra depois.
É fácil esquecer os problemas e adiar as soluções,
mas o tapete foi manchado com sangue, ele está pra sempre marcado.
“Você quer me matar com balas?
Por detrás desta máscara e por baixo desse manto não há carne ousangue para serem mortos. Há idéias. E idéias são imortais.”
V de Vingança
Obs:. O título original do texto não é esse, mas hoje um amigo recente do blog me relembrou essa frase e eu achei que ela se encaixa perfeitamente com o texto.
Obrigado.
"Hay que endurecerse, pero sin perder la ternura jamás."
Ernesto Guevara
Salve El Che!
Gabi.
Percepção social
bilhões de pessoas no mundo
enfrentamos o preconceito, as desigualdades,
injustiças e decepções.
sempre conhecemos novas pessoas
e temos que aprender a conviver com elas,
é bom agradar aos outros, mas nem sempre é possível
a tolerância leva a insignificância
conhecemos pessoas com quem temos uma afinidade imediata,
pessoas que nos surpreendem,
pessoas que são o oposto do que pensávamos,
pessoas que conhecemos desde que nascemos,
pessoas que perdemos,
pessoas que nos decepcionam e nos emocionam,
pessoas que nos amam e que amamos
pessoas que nos julgam e outras que nos ajudam
somos chamados seres humanos e temos o direito
de errar, só nos falta aprender a perdoar.
Se não posso dançar, não é minha revolução.
Emma Goldman
Gabi.
enfrentamos o preconceito, as desigualdades,
injustiças e decepções.
sempre conhecemos novas pessoas
e temos que aprender a conviver com elas,
é bom agradar aos outros, mas nem sempre é possível
a tolerância leva a insignificância
conhecemos pessoas com quem temos uma afinidade imediata,
pessoas que nos surpreendem,
pessoas que são o oposto do que pensávamos,
pessoas que conhecemos desde que nascemos,
pessoas que perdemos,
pessoas que nos decepcionam e nos emocionam,
pessoas que nos amam e que amamos
pessoas que nos julgam e outras que nos ajudam
somos chamados seres humanos e temos o direito
de errar, só nos falta aprender a perdoar.
Se não posso dançar, não é minha revolução.
Emma Goldman
Gabi.
domingo, 12 de abril de 2009
Páscoa
Feliz Páscoa a todos que acreditam!
"Scar tissue that I wished you saw
Sarcastic mister know it all"
Red Hot Chili Peppers-Scar tissue
Gabi.
"Scar tissue that I wished you saw
Sarcastic mister know it all"
Red Hot Chili Peppers-Scar tissue
Gabi.
Seria a roupa que faz o monge???
"Uma reivindicação inusitada da alguns franceses virou notícia na Europa: a associação Hommes en Jupe está lutando pelo direito dos homens usarem saias! A idéia do grupo, cujo nome significa "Homens de Saia", é resgatar uma tradição que existia na França há 500 anos e que ainda é cultivada em diversos lugares do mundo, como no sudeste asiático, na Polinésia e na África. O objetivo, além de resgatar este costume antigo, é acabar com o preconceito e clichês que associam homens de saias a travestis ou pervertidos sexuais. O grupo também não quer restringir a peça de roupa apenas ao uso folclórico, como acontece na Escócia, com o "kilt". O desejo é de realmente incluir a saia no guarda-roupa masculina e liberar seu uso nas ruas."
Diferenças entre homem e mulher todos nós sabemos quais são, aliás, começamos a saber logo no nascimento de um bebê, onde a cor pra menino é rosa, e pra menina azul.Opa...menina ROSA, menino AZUL.Esse sim é o modo correto na visão da sociedade e de Deus (22:5: "A mulher não usará roupa de homem, nem o homem veste peculiar à mulher; porque qualquer que faz tais coisas é abominável ao Senhor, teu Deus.").
Assim. Como 2+2=4.
Mas há muito tempo, não é bem Assim que as coisas funcionam.Há uma discussão sobre isso, principalmente da comunidade religiosa e conservadora, que seguem a risca a lei de Deus, contra aqueles mais liberais que pensam "peraí, que importância realmente tem a roupa na vida de uma pessoa?"
Até os anos 50 as mulheres não podiam usar calça comprida na rua.Tal ato era um escândalo, uma vergonha para a família.Aí os anos 60 chegaram e com ele a troca de saias por calças como prenúncio de liberdade.
E os homens ?
Se no mundo ocidental homens sempre vestem calças, em certas partes da Ásia e da África tanto homens quanto mulheres usam saia. Mas houve uma época em que os homens ocidentais incluíam a saia nos seus guarda-roupas.Foi a evolução da alfaiataria, a partir do século 14, que impulsionou a especialização das vestimentas. Aí aos poucos, a roupa do homem se tornou intrinsecamente associada à masculinidade, com cores escuras e cortes retos.
Hoje em dia isso diminuiu um pouco, ao sair na rua você já pode ver um homem com roupas mais coloridas, -inclusive vestindo uma camiseta rosa.Mas saia ? Mulher usa calça a vontade na rua, mas você quase não encontra uma saia na seção masculina.
Apesar de desde os anos 60, vários estilistas de moda tentarem reintroduzir a saia como uma forma aceitável de um homem se vestir, os homens tem medo que a saia vá alterar sua sexualidade, de que eles serão menos homens, graças as regras da opinião pública que colocaram isso na nossa cabeça. Ao controlar as roupas que o homem pode ou não vestir a sociedade está controlando, de modo muito sutil, as sensações que um homem pode ou não ter, as emoções que pode ou não sentir.
Mas tem muitos homens usando saia,eu inclusive conheci um (nem um pouco se importando com a opinião dos outros!!)e foi por causa dele que postei aqui sobre isso.
Vai de cada um, usando saia ou não,tatuando o corpo,colocando piercing,ou qualquer outra coisa, se sentir bem é o que importa.
[Dani]
Diferenças entre homem e mulher todos nós sabemos quais são, aliás, começamos a saber logo no nascimento de um bebê, onde a cor pra menino é rosa, e pra menina azul.Opa...menina ROSA, menino AZUL.Esse sim é o modo correto na visão da sociedade e de Deus (22:5: "A mulher não usará roupa de homem, nem o homem veste peculiar à mulher; porque qualquer que faz tais coisas é abominável ao Senhor, teu Deus.").
Assim. Como 2+2=4.
Mas há muito tempo, não é bem Assim que as coisas funcionam.Há uma discussão sobre isso, principalmente da comunidade religiosa e conservadora, que seguem a risca a lei de Deus, contra aqueles mais liberais que pensam "peraí, que importância realmente tem a roupa na vida de uma pessoa?"
Até os anos 50 as mulheres não podiam usar calça comprida na rua.Tal ato era um escândalo, uma vergonha para a família.Aí os anos 60 chegaram e com ele a troca de saias por calças como prenúncio de liberdade.
E os homens ?
Se no mundo ocidental homens sempre vestem calças, em certas partes da Ásia e da África tanto homens quanto mulheres usam saia. Mas houve uma época em que os homens ocidentais incluíam a saia nos seus guarda-roupas.Foi a evolução da alfaiataria, a partir do século 14, que impulsionou a especialização das vestimentas. Aí aos poucos, a roupa do homem se tornou intrinsecamente associada à masculinidade, com cores escuras e cortes retos.
Hoje em dia isso diminuiu um pouco, ao sair na rua você já pode ver um homem com roupas mais coloridas, -inclusive vestindo uma camiseta rosa.Mas saia ? Mulher usa calça a vontade na rua, mas você quase não encontra uma saia na seção masculina.
Apesar de desde os anos 60, vários estilistas de moda tentarem reintroduzir a saia como uma forma aceitável de um homem se vestir, os homens tem medo que a saia vá alterar sua sexualidade, de que eles serão menos homens, graças as regras da opinião pública que colocaram isso na nossa cabeça. Ao controlar as roupas que o homem pode ou não vestir a sociedade está controlando, de modo muito sutil, as sensações que um homem pode ou não ter, as emoções que pode ou não sentir.
Mas tem muitos homens usando saia,eu inclusive conheci um (nem um pouco se importando com a opinião dos outros!!)e foi por causa dele que postei aqui sobre isso.
Vai de cada um, usando saia ou não,tatuando o corpo,colocando piercing,ou qualquer outra coisa, se sentir bem é o que importa.
[Dani]
NigthWish
O amanhecer em todo o seu colorido e nublinosidade, arranca tantos suspiros quanto o reconfortante e alaranjado pôr-do-sol.Mas nada traz tanta paz quanto a noite, em sua lua incandescente, de um céu estrelado, um silêncio húmido e de um inesperado frio.De um ar tão docemente inspirado e uma sensualidade sem tamanho.
O tom "vampiresco" torna ainda mais atraente essa calmaria imortal.Porque dormimos em noites tão lindas? Por que delimitar a lua a um mero espelho do sol? Há muito mais além de escuridão.
[Ana Hemb]
sexta-feira, 10 de abril de 2009
Vegetarianismo
Assassínio ou assassinato é o ato de tirar a vida de outrem intencionalmente.
Liberar: 1.Tornar livre; libertar. 2.Desobrigar de dívida ou obrigação; isentar
Liberdade: 1.Condição de quem é livre. 2.Faculdade de decidir e agir segundo a prórpria determinação. 3.Independência, emancipação.
Libertar: 1.Tornar liberto, livrar. 2.Desobrigar. Libertação.
Animal: 1.Ser vivo organizado, capaz de locomoção e dotado de sensibilidade.
Todos temos direito a liberdade!
Preserve a vida, não financie a crueldade com os animais.
Pense melhor sobre o que você come e o que você mata!
“Que horror é meter entranhas em entranhas, engordar um corpo com outro corpo, viver da morte de seres vivos.”
Pythagoras
Correria, post rápido e um tanto superficial, prometo que o próximo vai ser melhor.
Gabi.
Liberar: 1.Tornar livre; libertar. 2.Desobrigar de dívida ou obrigação; isentar
Liberdade: 1.Condição de quem é livre. 2.Faculdade de decidir e agir segundo a prórpria determinação. 3.Independência, emancipação.
Libertar: 1.Tornar liberto, livrar. 2.Desobrigar. Libertação.
Animal: 1.Ser vivo organizado, capaz de locomoção e dotado de sensibilidade.
Todos temos direito a liberdade!
Preserve a vida, não financie a crueldade com os animais.
Pense melhor sobre o que você come e o que você mata!
“Que horror é meter entranhas em entranhas, engordar um corpo com outro corpo, viver da morte de seres vivos.”
Pythagoras
Correria, post rápido e um tanto superficial, prometo que o próximo vai ser melhor.
Gabi.
quinta-feira, 9 de abril de 2009
Just Think.
"Não deixe que o hábito controle seus movimentos" [Diário de um mago - Paulo Coelho]
[Ana Hemb]
quarta-feira, 8 de abril de 2009
Querido Sr. Presidente.
.jpg)
"Querido Sr. Presidente, vamos dar um passeio comigo?
Vamos fingir que somos somente duas pessoas e você não é melhor do que eu.
Eu gostaria de te fazer algumas perguntas se pudermos conversar honestamente.
O que você sente quando vê tantos sem-teto nas ruas?
Por quem você reza todas as noites antes de ir dormir?
O que você sente quando se olha no espelho?
Você está orgulhoso?
Como você dorme enquanto o resto de nós chora?
Como você sonha quando uma mãe não teve a chance de dizer adeus?
Como você caminha com a sua cabeça sempre erguida?
Você poderia ao menos olhar nos meus olhos?
Querido Sr. Presidente, você era um garoto sozinho?
Como pode dizer que nenhuma criança é deixada pra trás?
Nós não somos bobos e nós não somos cegos.
Eles estão todos sentados em suas celas. Enquanto você paga uma entrada para o inferno
Que tipo de pai tomaria os direitos da própria filha?
E que tipo de pai poderia odiar a própria filha se ela fosse gay ??
E eu posso imaginar o que a primeira-dama tem a dizer..você veio de um longo caminho de uísque e cocaína.
Deixe-me te dizer sobre trabalho duro.
Salário minimo com um bebê a caminho. Deixe-me te dizer sobre trabalho duro.
Reconstruindo sua casa depois que as bombas a levaram embora.
Deixe-me te dizer sobre trabalho duro.
Construindo uma cama feita de caixas de papelão.
Como você dorme a noite??
Como você anda de cabeça erguida???
Querido Sr. Presidente, você nunca daria uma passeio comigo. Iria?"
Pra mim,o papel de um presidente é representar não só a sua nação, mas principalmente o seu povo.É ser um líder disposto a fazer alguma diferença significativa no seu país-em TODO o mandato-lutando sempre pelo progresso e melhoria de vida.
Relendo isso, confesso que sinto como se eu acabasse de escrever um monte de blábláblá...Porque é isso que é pra muita gente - Política? Blábláblá. Povo? Blábláblá. PROGRESSO ? Blábláblá. É incrível, e triste de ver,o pouco caso que o governo dá pra população E VICE VERSA. Se o presidente não cumpre com o seu papel, é trabalho da população lembrá-lo o significado desse cargo,e não se acomodar,e ficar embolorando sem reação.
A música alí encima,é da cantora Pink em homenagem ao ex presidente americano George W. Bush e na minha opinião,ideal para mandar ao palácio do Planalto,convidando todo mundo a dar um rolé pelo Brasil.
[Dani]
segunda-feira, 6 de abril de 2009
“Pensar é um direito intransferível e inalienável do ser humano, e é baseado nessa premissa que certo filósofo preconizava viver numa sociedade de homens capazes de se autodirigirem, de se autogovernarem pela união das forças intelectuais, trabalhadores e criadores de uma nova ordem social com liberdade.
Os princípios fundamentais, as idéias mestras do filósofo, sobre as quais construiria a nova sociedade, baseavam-se numa ordem generosa e positiva, com sentimentos e ações, de equilíbrio nos movimentos e atitudes, na harmonia que funde o homem e a natureza, que humaniza e forma personalidades retas, caracteres e cidadãos justos, capazes de produzir e participar, dar e receber.
Era uma filosofia sem vínculos religiosos nem político, partia das premissas de renovação, libertárias e antidogmáticas. Para esse "sonhador", as idéias tinham que ser provadas, e a vida era o exemplo de uma lição no seu mais amplo e puro sentido.
Apoiava-se na liberdade com responsabilidade, conceito humanista de vida, feito pacto consciente à margem da tutela de qualquer espécie, partindo do indivíduo, da associação voluntária, para atingir a sociedade de autogestão, livre de falsos intermediários.
O individuo era a base fundamental da sua sociedade! A convivência social e fraterna processava-se pelo livre-acordo, e a proteção recíproca, pelo apoio e ajuda mútuos, veículo conservador e propulsor da espécie.
Entendia que o ser humano é um ser sociável e como tal propende a unir-se, a associar-se, porque só unido e associado, se sente seguro. O homem jamais desejou viver isolado, nem fora do seu mundo porque faz parte dele. E por ser um componente da sociedade, o individuo tende, fatalmente a ser um associado da comunidade humana.
Propõe-se o nosso filósofo restabelecer a felicidade dos povos, instaurando uma Federação de Comunidades Livres, unidas por interesses sociais, econômicos, artísticos e culturais, sempre resolvidos mediante acordos mútuos, sem imposições nem intenções dominantes. O livre contrato, a tolerância recíproca e o desejo de auto-gestão, seriam princípios e finalidades convertidas em táticas de luta pela conquista das riquezas naturais e da produção que o trabalho livre proporcionaria.
Em síntese: não cria um sistema perfeito, já que por princípio rechaçava todos os esquemas e conceitos de caráter absoluto, mas seria a doutrina constante do aperfeiçoamento. Não teria uma meta definitiva, porque percebia a variedade da natureza, a necessidade do progresso, do aprimoramento de todos os campos do conhecimento humano e da busca de novas formas de vida.
Só a liberdade, segundo a sua concepção ideológica, movimenta os homens no sentido de buscar belos e harmoniosos estágios de justiça social, porque liberdade era a alma, era a luz da sua idéia.”
-ABC do anarquismo, Edgar Rodrigues
Hoje me perguntaram se eu sou anarquista, tive vontade de dizer que sim, mas confesso que ainda tenho algumas dúvidas sobre o assunto, mas o que eu posso dizer com toda certeza é, eu sou anti-capitalismo!
Os princípios fundamentais, as idéias mestras do filósofo, sobre as quais construiria a nova sociedade, baseavam-se numa ordem generosa e positiva, com sentimentos e ações, de equilíbrio nos movimentos e atitudes, na harmonia que funde o homem e a natureza, que humaniza e forma personalidades retas, caracteres e cidadãos justos, capazes de produzir e participar, dar e receber.
Era uma filosofia sem vínculos religiosos nem político, partia das premissas de renovação, libertárias e antidogmáticas. Para esse "sonhador", as idéias tinham que ser provadas, e a vida era o exemplo de uma lição no seu mais amplo e puro sentido.
Apoiava-se na liberdade com responsabilidade, conceito humanista de vida, feito pacto consciente à margem da tutela de qualquer espécie, partindo do indivíduo, da associação voluntária, para atingir a sociedade de autogestão, livre de falsos intermediários.
O individuo era a base fundamental da sua sociedade! A convivência social e fraterna processava-se pelo livre-acordo, e a proteção recíproca, pelo apoio e ajuda mútuos, veículo conservador e propulsor da espécie.
Entendia que o ser humano é um ser sociável e como tal propende a unir-se, a associar-se, porque só unido e associado, se sente seguro. O homem jamais desejou viver isolado, nem fora do seu mundo porque faz parte dele. E por ser um componente da sociedade, o individuo tende, fatalmente a ser um associado da comunidade humana.
Propõe-se o nosso filósofo restabelecer a felicidade dos povos, instaurando uma Federação de Comunidades Livres, unidas por interesses sociais, econômicos, artísticos e culturais, sempre resolvidos mediante acordos mútuos, sem imposições nem intenções dominantes. O livre contrato, a tolerância recíproca e o desejo de auto-gestão, seriam princípios e finalidades convertidas em táticas de luta pela conquista das riquezas naturais e da produção que o trabalho livre proporcionaria.
Em síntese: não cria um sistema perfeito, já que por princípio rechaçava todos os esquemas e conceitos de caráter absoluto, mas seria a doutrina constante do aperfeiçoamento. Não teria uma meta definitiva, porque percebia a variedade da natureza, a necessidade do progresso, do aprimoramento de todos os campos do conhecimento humano e da busca de novas formas de vida.
Só a liberdade, segundo a sua concepção ideológica, movimenta os homens no sentido de buscar belos e harmoniosos estágios de justiça social, porque liberdade era a alma, era a luz da sua idéia.”
-ABC do anarquismo, Edgar Rodrigues
Hoje me perguntaram se eu sou anarquista, tive vontade de dizer que sim, mas confesso que ainda tenho algumas dúvidas sobre o assunto, mas o que eu posso dizer com toda certeza é, eu sou anti-capitalismo!
"And no one said it was gonna be easy And I'm not afraid to try And with the odds stacked up against me, I will have to fight" One Life, One Chance-H2O
Gabi.
domingo, 5 de abril de 2009
Individualidade consciente.
As vezes conhecemos pessoas tão doces que nos esquecemos que elas não derretem, assim como as azedas, nem sempre nos induzem a fazer careta.
Há pessoas que nos fazem sorrir só com um olhar cúmplice, outras com um abraço nos passam força e toda a sua segurança, e nos fazem acreditar que tudo está certo, mesmo que por um instante.
Tem gente que nos anestesia, nos deixa sem ação alguma.Outras nos trazem uma erupção de emoções, por vezes tão violentamente, que acreditamos ser algo novo e único.Tem aqueles que são incrívelmente parecidos com a gente, transformando benevolência em amizade.E claro, tem gente que não nos faz diferença.
É incrível como tem gente que pode mudar seu ponto de vista, sua vontade de viver ou sua paixão pelas coisas simples da vida.São pessoas que não nos acrescentam apenas emocionalmente, mentalmente ou até mesmo espiritualmente, nos acrescentam em tudo, na sua personalidade, na pessoa na qual irá se tornar, em suas futuras ações, na sua vida.E olha que ainda ria quando diziam aquela frase já bem gasta "Me diga com quem andas e lhe direi quem és", claro que não somente com quem andas, mas quem lhe acrescenta.
[acrescentar v. tr. - Ajuntar uma coisa a outra para tornar esta maior ou mais completa; aumentar; enriquecer.]
[Ana Hemb]
sábado, 4 de abril de 2009
Junte suas idéias e descubra o que você quer.
Uma chance, se você acredita não tem porque esperar,
se você quer, então faça agora mesmo.
O tempo não vai te esperar,
não terá ninguém pra te consolar se você deixar a hora passar.
Esqueça o Murphy, não existe lei pra quem acredita,
enfrente a vida de mente e coração abertos
e não olhe para trás, então não haverá arrependimento.
Muitas coisas não são fáceis, mas você está na vida real,
mantenha a cabeça erguida e não abandone seu ideal.
"as ruas me vigiam, eu tô de Corpo Fechado, prefiro morrer certo do que viver errado"
Gabi.
Uma chance, se você acredita não tem porque esperar,
se você quer, então faça agora mesmo.
O tempo não vai te esperar,
não terá ninguém pra te consolar se você deixar a hora passar.
Esqueça o Murphy, não existe lei pra quem acredita,
enfrente a vida de mente e coração abertos
e não olhe para trás, então não haverá arrependimento.
Muitas coisas não são fáceis, mas você está na vida real,
mantenha a cabeça erguida e não abandone seu ideal.
"as ruas me vigiam, eu tô de Corpo Fechado, prefiro morrer certo do que viver errado"
Gabi.
quinta-feira, 2 de abril de 2009
Reflita.!
"O ser humano se diferencia dos outros animias pelo teleencefalo altamente desenvolvido, pelo polegar opositor e por ser livre.
Livre é o estado daquele que tem liberdade.
Liberdade é uma palavra que o sonho humano alimenta, e não há ninguém que explique e ninguém que não entenda."
[Ilha das Flores - Documentário de Jorge Furtado]
OBS:Tem que ver o vídeo para entender.
[Ana Hemb]
Perfeição.
Vamos celebrar a estupidez humana A estupidez de todas as nações O meu país e sua corja de assassinos Covardes, estupradores e ladrões Vamos celebrar a estupidez do povo Nossa polícia e televisão Vamos celebrar nosso governo E nosso Estado, que não é nação Celebrar a juventude sem escola As crianças mortas Celebrar nossa desunião Vamos celebrar Eros e Thanatos Persephone e Hades Vamos celebrar nossa tristeza Vamos celebrar nossa vaidade. Vamos comemorar como idiotas A cada fevereiro e feriado Todos os mortos nas estradas Os mortos por falta de hospitais Vamos celebrar nossa justiça A ganância e a difamação Vamos celebrar os preconceitos O voto dos analfabetos Comemorar a água podre E todos os impostos Queimadas, mentiras e seqüestros Nosso castelo de cartas marcadas O trabalho escravo Nosso pequeno universo Toda hipocrisia e toda afetação Todo roubo e toda a indiferença Vamos celebrar epidemias: É a festa da torcida campeã. Vamos celebrar a fome Não ter a quem ouvir Não se ter a quem amar Vamos alimentar o que é maldade Vamos machucar um coração Vamos celebrar nossa bandeira Nosso passado de absurdos gloriosos Tudo o que é gratuito e feio Tudo que é normal Vamos cantar juntos o Hino Nacional (A lágrima é verdadeira) Vamos celebrar nossa saudade E comemorar a nossa solidão. Vamos festejar a inveja A intolerância e a incompreensão Vamos festejar a violência E esquecer a nossa gente Que trabalhou honestamente a vida inteira E agora não tem mais direito a nada Vamos celebrar a aberração De toda a nossa falta de bom senso Nosso descaso por educação Vamos celebrar o horror De tudo isso - com festa, velório e caixão Está tudo morto e enterrado agora Já que também podemos celebrar A estupidez de quem cantou esta canção.Venha, meu coração está com pressa Quando a esperança está dispersa Só a verdade me liberta Chega de maldade e ilusão. Venha, o amor tem sempre a porta aberta E vem chegando a primavera - Nosso futuro recomeça: Venha, que o que vem é perfeição.
Legião Urbana.http://www.youtube.com/watch?v=jCm8HbyhOjQ
Foda.
[Ana Hemb]quarta-feira, 1 de abril de 2009
Maturidade
Aprendi a me esquivar das críticas e a não me importar, é a minha dor. Essa é a minha personalidade e ninguém vai limitar a minha arte. Não vou aceitar ninguém me dizer que eu não posso fazer o que eu acho bonito, mesmo sabendo que o que é bonito pra mim pode não ser pra você.
É contraditório que com 16 anos o governo me da o poder de escolher quem vai tomar conta do meu país, da minha cidade e da vida de milhares de pessoas que eu nem conheço e não me dê poder sobre o meu próprio corpo, sobre a minha própria vida e deixe que outras decidam o que eu devo fazer e o que eu não devo, sei fazer as minhas escolhas. Ou será que alguém acha que quando eu fizer 18 anos a minha cabeça magicamente vai se abrir e se encher da maturidade e da responsabilidade que eu vou precisar daí pra frente e de idéias totalmente opostas as que eu tinha com 16 ou 17 anos?
Porque se for isso então eu não passo de um vegetal criado e “educado” pela sociedade para obedecer e ser submissa, esperando a minha carta de alforria para enfim me tornar um ser humano que pensa e tem o direito viver a própria vida.
É contraditório que com 16 anos o governo me da o poder de escolher quem vai tomar conta do meu país, da minha cidade e da vida de milhares de pessoas que eu nem conheço e não me dê poder sobre o meu próprio corpo, sobre a minha própria vida e deixe que outras decidam o que eu devo fazer e o que eu não devo, sei fazer as minhas escolhas. Ou será que alguém acha que quando eu fizer 18 anos a minha cabeça magicamente vai se abrir e se encher da maturidade e da responsabilidade que eu vou precisar daí pra frente e de idéias totalmente opostas as que eu tinha com 16 ou 17 anos?
Porque se for isso então eu não passo de um vegetal criado e “educado” pela sociedade para obedecer e ser submissa, esperando a minha carta de alforria para enfim me tornar um ser humano que pensa e tem o direito viver a própria vida.
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