quinta-feira, 28 de maio de 2009


"Queria ser contadora de histórias,

Ou uma garimpeira de preciosidades literárias. Gostaria de saber inventar contos e dissertar sobre fadas. Queria o encantamento das letras que me são roubadas todos os dias. Dos gritos, dos desejos e dos silêncios impostos. Não queria mais pensar no que foi dito...
As palavras me faltam para falar sobre sentimentos, sobre alegrias e tristezas que beiram o igarapé dos meus olhos.

Queria ser contadora de histórias, envolver de mágica e mitos todos os versos. Encantar minhas serpentes interiores, volver ao espaço infinito de uma rua nunca por mim habitada.
Queria a fantástica sensação de ouvidos atentos e olhares curiosos. Saber fazer de minutos, horas inteiras...

Se eu fosse contadora de histórias, todos os dias inventaria uma, e contaria fazendo cada gesto, descrevendo cada detalhe para que o som, se transformasse também em sensação e sabor.
Trazendo de volta, tudo aquilo que não foi vivido."

Dani

(Quem gosta de ouvir histórias, aqui vai mais uma sugestão de filme : PEIXE GRANDE E SUAS HISTÓRIAS MARAVILHOSAS, de Tim Burton.É sobre,advinha..um contador de histórias!
O nome é um pouco estranho,mas acho que vale a pena.Na verdade acho que vale cada segundo...)

sábado, 23 de maio de 2009

Pare!Mãos ao alto!Dois e trinta é um assalto!

Terça haverá a reavaliação, e quarta a votação para ver se continua o aumento ou não.É importante mostrar aos vereadores que a população não está satisfeita com essa situação, para que levem isso em consideração quando forem votar.


Boi, boi, boi, boi da cara preta se não baixar a tarifa a gente pula a roleta!

(e todos os dias na praça da bandeira, ás 18 horas)

[Ana Hemb]


Não sou baderneiro, eu só não quero que roubem meu dinheiro!

Acredito que todos já saibam do aumento da tarifa do ônibus em Joinville, e saibam também que ninguém está satisfeito com isso.Ainda mais pelo fato de que está no plano de governo do prefeito Carlito Merss baixar o passe de ônibus, quem tiver a oportunidade, está nas páginas 25 e 26.
"(...)desculpas técnicas,  baseadas em uma planilha fornecida pela Gidion/Transtusa, empresas que exploram o transporte há mais de quarenta anos na cidade, em situação irregular, já que não passaram por processo de licitação. Nas palavras do secretário as empresas estão num “processo provisório”.(...)
Não achamos plausíveis as “justificativas” da prefeitura para dar esse aumento, entendemos que as empresas estão em situação irregular, explorando o transporte coletivo da cidade. Entendemos que em 5 meses de gestão da prefeitura pelo PT, nada foi feito para tentar mudar a lógica de exploração do transporte na cidade, muito menos para barrar o aumento, nem uma tentativa de aumentar o controle sobre as planilhas. O final dessa política de omissão e concessão é trágico: aumento da tarifa, sem mudança – o PT repete as práticas políticas das gestões passadas tanto combatidas em seu passado. (...)" Movimento Passe Livre - http://www.mpljoinville.blogspot.com

Há os conformistas, mas sempre haverá.Os que sentem-se ultrajados com esse aumento, que nem ao menos para trazer melhorias ao transporte público é, saem nas ruas para protestar.
O MPL (Movimento Passe Livre), a Frente de Luta pelo Transporte Público (a qual o MPL faz parte), grêmios estudantis, secundaristas  etc., participam dos manifestos que acontecem desde o dia 15 de maio.
De 100 a 800 pessoas (para mais) participaram e ainda participam das manifestações diárias que ocorrem nas ruas do centro da cidade.
Por ser uma manifestação pacífica e bem organizada (apesar de não possuir líderes, sendo algo bem democrático), policiais escoltam os protestantes e fecham as ruas para que a manifestação avance.
Participamos (eu, Dani e Gabi) das manifestações, e são muito tranquilas de ir, normalmente após a concentração na praça da bandeira fazemos uma passeata pelo centro, batucando, fazendo barulho e gritando e chamando a galera pra lutar contra o aumento conosco.
Continuará a ter manifestos até baixar o passe.Foi levado essa semana a câmara de vereadores o caso que está para ser reavaliado na terça feira que vem dia 26/05, as 15 hrs.Onde claro, haverá um manifesto, para mostrar que os cidadãos de Joinville estão sim, bem indignados com essa situação.
Não é porque foi decretado que não pode ser mudado.
Vem!Vem!Vem pra luta vem contra o aumento!Vem!

[Ana Hemb]

quinta-feira, 21 de maio de 2009




"Sonha e serás livre de espírito... luta e serás livre na vida."
(Che Guevara)

Dani

Abolição,pero no mucho


Abaixo coloquei trechos dos manifestos contra e pró-cotas.
Cotas são ações afirmativas temporárias, ou seja, políticas públicas que visam abrir oportunidades sociais,econômicas,educacionais e culturais a grupos que sofrem discriminação.Pode ser em reservas de vagas nas empresas,nos programas de TV e na publicidade, mas a questão mais polêmica é a reserva nas universidades.Os que são contra justificam sua posição dizendo que as cotas não atacam de frente as desigualdades socioeconômicas da população nem a falta de qualidade no ensino.Ao contrário,aumenta a divisão entre negros e brancos, "trata de forma desigual os desiguais".Os que apoiam as cotas visam não só acabar com a discriminação,mas diminuir a distância social entre negros e brancos através desse tratamento diferenciado.
Segundo a Pnad 2006,apenas 8,6% da população brasileira completa o ensino superior.Dessa parcela 78% são brancos.Negros constituem mais de 73% dos 10% mais pobres da população e apenas 12,4% do 1% mais rico.
Eu acho que para entender essas porcentagens é preciso olhar um pedaço da história do Brasil,quando os primeiros negros foram trazidos em navios negreiros no século XVI.Estima-se que 40% dos negros capturados na Africa tenham morrido antes de embarcar.Outros 15% morreram nos porões dos navios,e quando desembarcados,12% morreram nos depósitos.Mas por que usar esse tipo de regime? Bom,primeiro os europeus não tinham mão-de-obra livre o suficiente para explorar as terras conquistadas,e não usavam trabalho assalariado.E segundo porque eles não conseguiram isso dos indígenas,nem quando os jesuítas tentaram transformar-los em "bons cristãos"( além de que os brancos trouxeram doenças que os índios não tinham defesa biológica,como varíola e gripe).
Além disso,para alimentar a escrvidão do negro, a Igreja e a Coroa diziam ainda que os mesmos eram:seres inferiores,menos inteligentes e nascidos para servir.
Enquanto a Inglaterra em 1833 já havia abolido a escravatura,o Brasil proibiu definitivamente o tráfico negreiro somente em 1850.Em 1871,surgiu a Lei do Ventre Livre.Mas isso tudo não mudou muito a situação e então movimentos abolicionistas começaram a surgir em 1880.Em maio de 1888,a princesa Isabel sancionou a Lei Áurea.
Fossem livres pela lei,ou libertos pela alforria,os ex-escravos não tinham educação nem apoio para sobreviver longe dos senhores.Cerca de 1% dos 800 mil escravos libertos eram alfabetizados.O governo não tomou nenhuma atitude pra absorção dessas pessoas para a sociedade.Pelo contrário, incentivou a imigração de italianos,espanhóis,alemães...então essa parcela da população não conseguia trabalho porque não tinha estudos e não conseguia educar os filhos porque não tinha trabalho.Ou seja, inicia- se um círculo vicioso.As porcentagens dizem por sí só.O que o governo está fazendo hoje -ou melhor, desde 2001 quando a primeira universidade pública optou pelo sistema de cotas -deveria ter feito lá em 1888.Então a questão é : a favor ou contra as cotas?

Temos muito a aprender, ainda,sobre nossos próprios preconceitos e sobre como vencê-los.

Dani
MANIFESTO CONTRA AS COTAS

Trechos de "Cento e treze cidadãos anti-racistas contra as leis raciais",entregue ao Supremo Tribunal Federal


"(...)Nós,intelectuais da sociedade civil,sindicalistas,empresários e ativistas dos movimentos negros e outros movimentos sociais,dirigimo-nos respeitosamente aos juízes da corte mais alta,que recebeu do povo constituinte a prerrogativa de guardiã da Constituição, para oferecer argumentos contrários à admissão de cotas raciais na ordem política e jurídica da República.
(...)apontamos a Constituição Federal, no seu artigo 19,que estabelece:"É vedado à União,aos Estados, ao Direito Federal e aos Municípios criar distinções entre brasileiros ou preferências entre si".O artigo 208 dispõe que:"O dever do Estado com a educação será efetivado mediante a garantia do acesso aos níveis mais elevados do ensino,da pesquisa e da criação artística,segundo a capacidade de cada um".Alinhada com os princípios e garantias da Constituição Federal,a Constiuição Estadual do Rio de Janeiro, no seu artigo 9, determina que:"Ninguém será privilegiado em razão de nascimento,idade,etnia,raça,cor,sexo,estado civil,trabalho rural ou urbano,religião,convicções políticas ou filosóficas,deficiência física ou mental,por ter cumprido pena nem por qualquer particularidade ou condição".
As palavras da lei emanam de uma tradição brasileira, que cumpre exatos 120 anos desde a Abolição da escravidão,de não dar amparo a leis e políticas raciais.No intuito de justificar o rompimento dessa tradição,os proponentes das cotas raciais sustentam que o princípio da igualdade de todos perante a lei exige tratar desigualmente os desiguais.
(...)Os concursos vestibulares,pelos quais se dá o ingresso no ensino superior de qualidade "segundo a capacidade de cada um",não são promotores de desigualdades,mas se realizam no terreno semeado por desigualdades sociais prévias.A pobreza no Brasil tem todas as cores.
(...)Raças humanas não existem.A genética comprovou que as diferenças icônicas das chamadas raças humanas são características físicas superficiais,que dependem de parcela ínfima dos 25 mil genes estimados do genoma humano.A cor da pele,uma adaptação evolutiva aos níveis de radiação ultravioleta vigentes em diferentes áreas do mundo,é expressa em menos de dez genes!
(...)As cotas raciais proporcionam privilégios a uma ínfima minoria de estudantes de classe média e conservam intacta, atrás de seu manto falsamente inclusivo,uma estrutura de ensino público arruinada.(...)É preciso elevar o padrão geral do ensino mas,sobretudo,romper o abismo entre escolas de qualidade,quase sempre situadas em bairros de classe média,e as escolas devastadas das periferias urbanas, das favelas e do meio rural.(...)A meta nacional deveria ser prporcionar a todos um ensino básico de qualidade e oportunidades verdadeiras de acesso à universidade."


MANIFESTO PRÓ-COTAS

Trechos do "Manifesto em defesa da justiça de constitucionalidade das cotas" entregue ao Supremo Tribunal Federal

"(...)A iniciativas de inclusão racial e social no Brasil no campo de ensino superior contam com uma história rica e complexa,embora inconclusa,que certamente pode juntar-se ao repertório de outras notáveis conquistas ao redor do mundo.A história a que nos referimos se baseia em um processo concreto de luta pela igualdade após um século inteiro de exclusão dos negros do ensino superior,e não mais na controversa ideologia do mito de uma 'democracia racial' que, de fato, nunca tivemos.
(...)A demanda por políticas compensatórias específicas para os negros do Brasil(...) insere-se na busca da justiça social em uma sociedade que historicamente se mostra racista,sexista,homofóbica e excludente.As cotas e o ProUni significam uma mudança e um compromisso ético do Estado brasileiro na superação de um histórico de exclusão que atinge de forma particular negros e pobres.Não são leis raciais, como dizem os 113 anticotas,mas um posicionamento do Estado coerente com os acordos internacionais de superação do racismo,de luta pelos direitos humanos dos quais o país é signatário.
(...)Atualmente, o país conta com mais de 20 mil cotistas negros cursando a graduação em universidades brasileiras(...).Paralelamente a esse grande movimento de inclusão racial(...),funciona desde 2005 o ProUni,que abre as portas das universidades para jobens de baixa renda, com uma porcentagem,entre eles,de negros,através de um sistema de bolsas do Ministério da Educação.Em três anos,o ProUni já acolou 440 mil bolsas e conta com mais de 380 mil alunos.
Se juntarmos os dois movimentos de abertura do ensino superior para brancos de baixa renda e para não-brancos,as cotas nas universidades públicas e o ProUni em cinco anos serão capazes de colocar quase meio milhão de estudantes negros que ingressarão no mercado ou na pós-graduação,levando consigo a esperança pessoal e familiar,num acontecimento de proporções monumentais,sem paralelo qualquer na história da sociedade brasileira.
(...)A parte do documento dedicada à genética é(...)confusa e inútil,além de contraditória para seus objetivos.Seu interesse é minar a realidade da diferença entre os seres humanos pelo fenótipo e demonstrar a mestiçagem genética que caracteriza a todos nós.Com isso,pretendem avaliar a possibilidade de que se adotem cotas para negros nas universidades ao "demonstrar" que "cientificamente" não existem negros.
E para que insistir em negar aquilo que ninguem afirma? A quem estão atacando? Não a nós,certamente,porque os defensores das cotas jamais falaram em raça no sentido biológico.Somos nós que defendemos políticas públicas para a comunidade negra,que enfatizamos ser o racismo brasileiro o resultado histórico de uma discriminação dos brancos contra as pessoas do fenótipo africano."

sábado, 16 de maio de 2009

Exorbitar um coração.

Ser diferente, inconsequente.Ou talvez a intransigência não me caiba mais como adjetivo.
Ou pode-se definir por comodismo malquistado, o egoísmo tanto faz agora.
A inveja é o que deveríamos interpretar como auto insatisfação, e não ódio.A própria inveja é um amor inconsciente ao próximo.Mas nem todo tipo de amor nos faz bem.
Algo complexo, que deslumbra os olhos e ludibria o coração, deixando-nos sem ação ou qualquer convicção de nós mesmos.Ser um só através do sussurro de um beijo.
E nesta inércia do tempo sente-se apenas a incontrolável vontade do outro.

[Ana Hemb]

quinta-feira, 14 de maio de 2009

E que boca grande você tem!


Desde que eu nasci vivo nesse mesmo lugar, minha mãe viveu aqui, minha avó e minha bisavó também. Eu não conheço muito sobre a minha mãe, algum tempo depois que nasci ela foi levada embora, ouvi dizer que usariam o leite dela pra alimentar os adultos de uma outra espécie, mas acho que mentiram pra mim, afinal adultos de nenhuma espécie precisam tomar leite.
O meu pai eu não conheci, ele foi assassinado antes que eu nascesse, também tive um irmão, mais não passei muito tempo com ele, porque ele levado embora quando ainda era um bebe, um amigo me contou o que aconteceria com meu irmão, mas eu não pude acreditar no que ele disse.
Eu fui crescendo, sempre fui bem alimentado, mas nunca tive liberdade tentei fugir algumas vezes e não deu certo, quando me deixavam ir até o pasto
verdinho
, nunca me deixavam andar muito, então engordava cada vez mais e ficava mais pesado e era cada vez mais difícil tentar escapar dali.
Muitas vezes fui repreendido e açoitado pelos seres humanos que supostamente teriam explorado minha mãe e roubado todo seu leite, assassinado meu pai e comido a carne do meu irmãozinho, digo supostamente porque acho difícil acreditar que existam seres assim e se existissem não deveriam ser chamados de seres humanos, porque coisas assim não são nada humanas.
Só monstros das histórias de terror fariam esse tipo de coisa e esses monstros não existem, são ficção.

Ontem fiquei sabendo que na semana que vem eu e mais alguns conhecidos vamos fazer uma viajem, dizem que é para um lugar muito interessante, não lembro bem mais acho que o nome do lugar é frigorífico, antes de chegarmos vamos fazer uma parada em um matadouro, me disseram que vendem comida lá, deve ser um tipo de
lanchonete. Tenho boas expectativas para essa viagem, enfim quando voltar conto pra vocês como foi.



Gabi.

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Fuga.

Eu simplesmente o deixei falando sozinho e saí.Saí pra qualquer lugar longe dali, onde os meus pensamentos antes repreendidos pudessem ser admirados.
Nunca imaginei que o fim de tarde fosse tão bonito quanto o nascer da manhã gélida, e quão reconfortante é o alaranjado pôr-do-sol.
Calado ele chegou perto de mim no parque, e assim permaneceu, imóvel ao meu lado sem uma palavra dizer, até que eu não aguentando mais o incômodo silêncio, sussurrei "respire, apenas continue respirando", por mais lágrimas que teimavam em cair nas minhas bochechas virei-me para o lado e pra minha grande surpresa estivera falando sozinha, ou pelo menos  era o que se pensava, aparentemente.Então só lembro que levantei e corri, corri muito, até o ar me faltar aos pulmões e as minhas pernas arderem de dor.Quando enfim caí cansada, vi que estava muito longe de casa e de meus pensamentos realistas.Recuperando a respiração, ergui a cabeça e voltei pra casa junto das minhas idéias mais futuristas, vendo que afinal não adiantava fugir, em alguma circunstância eu os reencontraria, quero dizer, os pensamentos realistas.
Pois é terrivelmente verdade que só não conseguimos fugir de nós mesmos.

[Ana Hemb]

domingo, 10 de maio de 2009

"é preciso dar vazão aos sentimentos"

Sonhos de uma vida abandonados, a vontade de se manter acordada
Tentando agir de acordo com a sua realidade, esperando encontrar uma saída ou ver a melhor solução
Pressionada pelas dúvidas muitas vezes a ar a sua volta torna-se sufocante
Batimentos alterados, olhos irritados e respiração pesada, sua natureza te devora
a mente está confusa, o corpo estremece ao olhar pro lado com medo de olhar errado
procura desesperadamente um caminho e teme não encontra-lo sozinha
o estomago contraído e contrariado, a vontade de respirar fundo desejando que toda angustia vá embora com o ar que deixa seus pulmões
quando sem querer nota a pequena cicatriz na mão direita e se vê forçada a sorrir
a lembrança invade a mente, com os olhos fechados pode ver todos os rostos que lhe são tão familiares e pode ver também o momento do descuido que lhe rendeu essa marca para toda vida e novamente o riso é incontrolável, o que causou dor no passado hoje é motivo de risada, se alegra ainda mais ao pensar que talvez toda as suas preocupações de hoje poderão lhe trazer uma bela alegria no futuro.

"Tudo tem alguma beleza, mas nem todos são capazes de ver."
Confucio

Gabi.

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Influência ou Consciência?

Tenho contato direto com uma ovo lacto vegetariana, então comecei mesmo a repensar na minha alimentação, e entre outras coisas, comecei a perceber como a gente nem presta atenção ao que come.
Não sei se por influência ou consciência tenho tentado evitar comer carne, e digo que não é algo fácil.A carne até é, depois de um tempo você cria um certo receio até, mas o resto (ovo, leite, mel..) é muita força de vontade, que eu gostaria de ter, mas não de modo extremista.O que mais me perturba é ver que tem gente que nem se importa, é quase como assumir que não se interessa  pelo o que come.
Um exemplo clássico: Dizem que a origem da carne do hambúrguer do Mc'Donalds é duvidosa, dizem até ser carne de minhoca!Mas agora me diga, alguém que ouviu isso deixou realmente de comer Mc'Donalds por repulsa de talvez estar comendo minhoca? Acho que não.
Outro bom exemplo: Ao pensar em canibalismo sentimos uma tremenda repulsa por ser a "comida" um semelhante nosso.
Mas o homem está tão habituado a negar sua origem e semelhança animal, que comer carne de vaca, galinha ou porco é algo banal.Já comer carne de macaco é algo "nojento", por que? Afinal ele também é um animal com sistema nervoso que sente dor, assim como o peixe, a galinha, o porco...
Talvez a explicação seja porque, o homem associa-se mais ao macaco como semelhante do que a uma vaca.Quando na verdade as pouca diferenças que temos além da física dos outros animais, é o cérebro mais desenvolvido e os polegares opositores.Mas ambos possuem sistema nervoso, e portanto sentem dor.
Não sei se poderia afirmar que vou virar vegetariana, vegan ou qualquer coisa do gênero, mas ao menos vou tentar comer conscientemente, e evitar.Quem sabe com o tempo eu posso até virar.
A pouco tempo atrás estava indignada por causa da falta de consciência das pessoas e fiz um texto sobre isso.Na época mostrei a Gabi e nós concordamos que além de estranho, era hipócrita uma carnívora escrever tal coisa, preocupar-se dessa maneira.Mas veja bem, não estou querendo ser hipócrita, mas que a falta de consciência, que agora já não é mais de minha serventia, é revoltante, isso é.

Ainda tem confusão entre vegetariano e vegan
com um certo preconceito mundial
Como isso pode ser comum em um mundo global?
Vem que eu te mostro toda a tristeza de um animal gritando em desespero
Tudo o que fica no bueiro e vai para o nosso prato
Seja porco, vaca, galinha ou pato.

Quem sabe, hoje ainda carnívora, talvez amanhã não mais.Ainda estou em processo de decisão.

[Ana Hemb]
 

terça-feira, 5 de maio de 2009

Legalizar ou não legalizar, eis a questão.

A marcha foi vetada em alguns estados do Brasil, porém aconteceu, dentre outros, aqui em Santa Catarina, em Florianópolis no domingo passado a tarde, na avenida Beira Mar Norte.
Para o sociólogo Renato Cinco, um dos organizadores do movimento nacional, o veto da Justiça, baseado na acusação de apologia às drogas, fere o princípio da liberdade de expressão. "Não estimulamos o uso ou dizemos que a maconha é boa, mas sim defendemos uma mudança na lei brasileira", afirma. 
O protesto - onde é proibida a participação de menores de 18 anos e o consumo de maconha durante as passeatas - acontece há nove anos em Nova York. A primeira manifestação brasileira foi em 2002, no Rio. Em São Paulo, duas tentativas, em 2004 e 2006, foram reprimidas pela polícia, apesar de, nessas ocasiões, não haver decisão judicial contra a marcha.
Atualmente, em alguns países a maconha é legalizada, unicamente para fins medicinais. Para lazer, somente na HolandaBélgicaSuíça e Canadá.

Uso medicinal

Cannabis sativa também pode ser usada com fins medicinais como agente antiemético, estimulador de apetite, podendo ser usada em casos de Alzheimer, câncer terminal e HIV no aumento de peso, auxiliar contra espasmos musculares e movimentos desordenados, sendo útil também em casos de glaucoma. Em doses mais altas ela auxilia pessoas no tratamento de doenças como doença de Parkinson,esclerose múltipla, traumatismo raquimedular, câncer, desnutrição, AIDS ou com qualquer outra condição clínica associada a um quadro importante de dor crônica.


Efeitos

Há várias pesquisas realizadas que concluem ser a maconha uma droga que provoca dependência, entretanto menos que o tabaco ou o álcool. O uso da maconha é associado a variações hormonais, além disso pode causar dificuldades de memóriacoordenação motora e raciocínio. Na saúde mental algumas vezes é citada como um gatilho para a esquizofrenia .Alguns estudos associam o uso prolongado da maconha com o desenvolvimento de cânceres pois sua fumaça possui de 50% a 70% a mais de hidrocarbonos cancerígenos que o tabaco. 


Então, afinal seria bom ou ruim ter a legalização da maconha?

Pelo lado de que assim teoricamente diminuiria o consumo, já que agora seria de fácil acesso tornaria-se menos interessante.Diminuiria a criminalidade e violência que existe em consequencia do tráfico de drogas.Bom era isso o que eu afirmava até uns dias atrás.

Mas andei conversando sobre o assunto, e vi que não seria simples e puramente assim.

Digamos que se tornaria um "novo cigarro", não tão viciante quanto, mas as suas consequencias são piores que aos do cigarro.E suponhamos que se torne "modinha" fumar maconha que nem foi uma época fumar cigarro, "era charme".E aí você me diz: "tá mais não é todo mundo que fuma cigarro só porque é legal e acessível".Mas em comparação ao grande número de fumantes, os que não fumam são quase nada e quem não fuma acaba fumando passivamente.Há casos de morar-se com alguém que fuma, e o fumante passivo ter problemas pulmonares antes do próprio fumante.

Assim, eu concordaria com a legalização nas questões medicinais, já pro lazer, tenho as minhas dúvidas.Quem quiser arriscar a própria saúde por uma alucinação, arranja um jeito, sendo legal ou ilegal.


[Ana Hemb]


domingo, 3 de maio de 2009

Há muito tempo procuro responder uma pergunta que faço inúmeras vezes a mim mesma. Ela surge de tempos em tempos, e quando sinto que encontrei uma resposta certa a ela, eu volto ao ponto de partida. O dilema é : Quem sou eu ? Na vida real, o simples "oi, meu nome é Daniella" basta (certo..?). A partir daí, cabe a outra pessoa o trabalho de julgar os meus actos, meu jeito e dizer, se sou chata, legal, divertida e o que mais lhe der na telha. A decisão por sermos quem somos é sempre nossa. Mas eu não quero saber o que os outros pensam, até porque varia de pessoa pra pessoa. Eu quero saber por mim. Mas é complicado. É como tentar explicar o que é cor. Todo mundo sabe o que é cor, mas tente explicar. Além do mais estamos em constante mudança,mas mesmo assim, por que é tão difícil falar sobre nós mesmos ? Tem gente que adora falar dos outros, quem não gosta? É mais fácil. O que não é fácil é olhar pro próprio refléxo, saber o seu limite, se controlar em todos os momentos. Se definir. Claro, tem gente que sabe. Eu mesma conheço meus defeitos, sei as minhas qualidades - talvez não todos- mas sei principalmente que em certos momentos penso demais.E é aí que tá. Penso tanto que me PERCO completamente em minhas idéias e viagens..Eu li certa vez uma frase mais ou menos assim "Então não se encontrou ? A vantagem de encontrar outros enquanto isso é que um deles pode apresentá-lo a si mesmo". Oscar Wilde diz "tenho amigos para saber quem sou" Claro, precisamos não só deles, mas de outros fatores pra sermos influenciados, e influenciar idem. Mas como as vezes tento colocar cada gota de chuva que cai num baldinho.....por enquanto eu fico somente no "oi meu nome é Daniella"

[Dani]
confusão.. :)

sexta-feira, 1 de maio de 2009

Por que 1° de maio?


No dia 1° de maio de 1886, milhares de trabalhadores foram às ruas em Chicago, nos EUA, para protestar contra as condições de trabalho e carga horária desumanas.A repressão foi extremamente dura.Houve prisões, feridos e mortos.A data foi instituída como Dia Mundial do Trabalhador em um congresso socialista realizado em Paris, em 1889.

Eu poderia e gostaria de escrever muitas coisas aqui sobre o dia de hoje, sobre como essa luta é antiga e que desde a primeira Revolução Industrial quando o proletariado já era explorado o povo se uniu para tentar mudar e como sempre foi reprimido, e querer algo melhor para a sociedade e consequentemente para si não é algo errado nem digno de repressão.Mas a minha indignação não se transporia apenas em palavras de um texto infindável.Queria eu poder fazer algo mais do que textos em um blog para mudar as desigualdes desse enorme mundo.As vezes, como nesse caso as ações valem mais do que as palavras.


[Ana Hemb]