quinta-feira, 28 de maio de 2009
"Queria ser contadora de histórias,
As palavras me faltam para falar sobre sentimentos, sobre alegrias e tristezas que beiram o igarapé dos meus olhos.
Queria ser contadora de histórias, envolver de mágica e mitos todos os versos. Encantar minhas serpentes interiores, volver ao espaço infinito de uma rua nunca por mim habitada.
Queria a fantástica sensação de ouvidos atentos e olhares curiosos. Saber fazer de minutos, horas inteiras...
Se eu fosse contadora de histórias, todos os dias inventaria uma, e contaria fazendo cada gesto, descrevendo cada detalhe para que o som, se transformasse também em sensação e sabor.
Trazendo de volta, tudo aquilo que não foi vivido."
Dani
(Quem gosta de ouvir histórias, aqui vai mais uma sugestão de filme : PEIXE GRANDE E SUAS HISTÓRIAS MARAVILHOSAS, de Tim Burton.É sobre,advinha..um contador de histórias!
O nome é um pouco estranho,mas acho que vale a pena.Na verdade acho que vale cada segundo...)
sábado, 23 de maio de 2009
Pare!Mãos ao alto!Dois e trinta é um assalto!
Boi, boi, boi, boi da cara preta se não baixar a tarifa a gente pula a roleta!
Não sou baderneiro, eu só não quero que roubem meu dinheiro!
quinta-feira, 21 de maio de 2009
Abolição,pero no mucho
Abaixo coloquei trechos dos manifestos contra e pró-cotas.
Cotas são ações afirmativas temporárias, ou seja, políticas públicas que visam abrir oportunidades sociais,econômicas,educacionais e culturais a grupos que sofrem discriminação.Pode ser em reservas de vagas nas empresas,nos programas de TV e na publicidade, mas a questão mais polêmica é a reserva nas universidades.Os que são contra justificam sua posição dizendo que as cotas não atacam de frente as desigualdades socioeconômicas da população nem a falta de qualidade no ensino.Ao contrário,aumenta a divisão entre negros e brancos, "trata de forma desigual os desiguais".Os que apoiam as cotas visam não só acabar com a discriminação,mas diminuir a distância social entre negros e brancos através desse tratamento diferenciado.
Segundo a Pnad 2006,apenas 8,6% da população brasileira completa o ensino superior.Dessa parcela 78% são brancos.Negros constituem mais de 73% dos 10% mais pobres da população e apenas 12,4% do 1% mais rico.
Eu acho que para entender essas porcentagens é preciso olhar um pedaço da história do Brasil,quando os primeiros negros foram trazidos em navios negreiros no século XVI.Estima-se que 40% dos negros capturados na Africa tenham morrido antes de embarcar.Outros 15% morreram nos porões dos navios,e quando desembarcados,12% morreram nos depósitos.Mas por que usar esse tipo de regime? Bom,primeiro os europeus não tinham mão-de-obra livre o suficiente para explorar as terras conquistadas,e não usavam trabalho assalariado.E segundo porque eles não conseguiram isso dos indígenas,nem quando os jesuítas tentaram transformar-los em "bons cristãos"( além de que os brancos trouxeram doenças que os índios não tinham defesa biológica,como varíola e gripe).
Além disso,para alimentar a escrvidão do negro, a Igreja e a Coroa diziam ainda que os mesmos eram:seres inferiores,menos inteligentes e nascidos para servir.
Enquanto a Inglaterra em 1833 já havia abolido a escravatura,o Brasil proibiu definitivamente o tráfico negreiro somente em 1850.Em 1871,surgiu a Lei do Ventre Livre.Mas isso tudo não mudou muito a situação e então movimentos abolicionistas começaram a surgir em 1880.Em maio de 1888,a princesa Isabel sancionou a Lei Áurea.
Fossem livres pela lei,ou libertos pela alforria,os ex-escravos não tinham educação nem apoio para sobreviver longe dos senhores.Cerca de 1% dos 800 mil escravos libertos eram alfabetizados.O governo não tomou nenhuma atitude pra absorção dessas pessoas para a sociedade.Pelo contrário, incentivou a imigração de italianos,espanhóis,alemães...então essa parcela da população não conseguia trabalho porque não tinha estudos e não conseguia educar os filhos porque não tinha trabalho.Ou seja, inicia- se um círculo vicioso.As porcentagens dizem por sí só.O que o governo está fazendo hoje -ou melhor, desde 2001 quando a primeira universidade pública optou pelo sistema de cotas -deveria ter feito lá em 1888.Então a questão é : a favor ou contra as cotas?
Temos muito a aprender, ainda,sobre nossos próprios preconceitos e sobre como vencê-los.
Dani
Trechos de "Cento e treze cidadãos anti-racistas contra as leis raciais",entregue ao Supremo Tribunal Federal
"(...)Nós,intelectuais da sociedade civil,sindicalistas,empresários e ativistas dos movimentos negros e outros movimentos sociais,dirigimo-nos respeitosamente aos juízes da corte mais alta,que recebeu do povo constituinte a prerrogativa de guardiã da Constituição, para oferecer argumentos contrários à admissão de cotas raciais na ordem política e jurídica da República.
(...)apontamos a Constituição Federal, no seu artigo 19,que estabelece:"É vedado à União,aos Estados, ao Direito Federal e aos Municípios criar distinções entre brasileiros ou preferências entre si".O artigo 208 dispõe que:"O dever do Estado com a educação será efetivado mediante a garantia do acesso aos níveis mais elevados do ensino,da pesquisa e da criação artística,segundo a capacidade de cada um".Alinhada com os princípios e garantias da Constituição Federal,a Constiuição Estadual do Rio de Janeiro, no seu artigo 9, determina que:"Ninguém será privilegiado em razão de nascimento,idade,etnia,raça,cor,sexo,estado civil,trabalho rural ou urbano,religião,convicções políticas ou filosóficas,deficiência física ou mental,por ter cumprido pena nem por qualquer particularidade ou condição".
As palavras da lei emanam de uma tradição brasileira, que cumpre exatos 120 anos desde a Abolição da escravidão,de não dar amparo a leis e políticas raciais.No intuito de justificar o rompimento dessa tradição,os proponentes das cotas raciais sustentam que o princípio da igualdade de todos perante a lei exige tratar desigualmente os desiguais.
(...)Os concursos vestibulares,pelos quais se dá o ingresso no ensino superior de qualidade "segundo a capacidade de cada um",não são promotores de desigualdades,mas se realizam no terreno semeado por desigualdades sociais prévias.A pobreza no Brasil tem todas as cores.
(...)Raças humanas não existem.A genética comprovou que as diferenças icônicas das chamadas raças humanas são características físicas superficiais,que dependem de parcela ínfima dos 25 mil genes estimados do genoma humano.A cor da pele,uma adaptação evolutiva aos níveis de radiação ultravioleta vigentes em diferentes áreas do mundo,é expressa em menos de dez genes!
(...)As cotas raciais proporcionam privilégios a uma ínfima minoria de estudantes de classe média e conservam intacta, atrás de seu manto falsamente inclusivo,uma estrutura de ensino público arruinada.(...)É preciso elevar o padrão geral do ensino mas,sobretudo,romper o abismo entre escolas de qualidade,quase sempre situadas em bairros de classe média,e as escolas devastadas das periferias urbanas, das favelas e do meio rural.(...)A meta nacional deveria ser prporcionar a todos um ensino básico de qualidade e oportunidades verdadeiras de acesso à universidade."
MANIFESTO PRÓ-COTAS
Trechos do "Manifesto em defesa da justiça de constitucionalidade das cotas" entregue ao Supremo Tribunal Federal
"(...)A iniciativas de inclusão racial e social no Brasil no campo de ensino superior contam com uma história rica e complexa,embora inconclusa,que certamente pode juntar-se ao repertório de outras notáveis conquistas ao redor do mundo.A história a que nos referimos se baseia em um processo concreto de luta pela igualdade após um século inteiro de exclusão dos negros do ensino superior,e não mais na controversa ideologia do mito de uma 'democracia racial' que, de fato, nunca tivemos.
(...)A demanda por políticas compensatórias específicas para os negros do Brasil(...) insere-se na busca da justiça social em uma sociedade que historicamente se mostra racista,sexista,homofóbica e excludente.As cotas e o ProUni significam uma mudança e um compromisso ético do Estado brasileiro na superação de um histórico de exclusão que atinge de forma particular negros e pobres.Não são leis raciais, como dizem os 113 anticotas,mas um posicionamento do Estado coerente com os acordos internacionais de superação do racismo,de luta pelos direitos humanos dos quais o país é signatário.
(...)Atualmente, o país conta com mais de 20 mil cotistas negros cursando a graduação em universidades brasileiras(...).Paralelamente a esse grande movimento de inclusão racial(...),funciona desde 2005 o ProUni,que abre as portas das universidades para jobens de baixa renda, com uma porcentagem,entre eles,de negros,através de um sistema de bolsas do Ministério da Educação.Em três anos,o ProUni já acolou 440 mil bolsas e conta com mais de 380 mil alunos.
Se juntarmos os dois movimentos de abertura do ensino superior para brancos de baixa renda e para não-brancos,as cotas nas universidades públicas e o ProUni em cinco anos serão capazes de colocar quase meio milhão de estudantes negros que ingressarão no mercado ou na pós-graduação,levando consigo a esperança pessoal e familiar,num acontecimento de proporções monumentais,sem paralelo qualquer na história da sociedade brasileira.
(...)A parte do documento dedicada à genética é(...)confusa e inútil,além de contraditória para seus objetivos.Seu interesse é minar a realidade da diferença entre os seres humanos pelo fenótipo e demonstrar a mestiçagem genética que caracteriza a todos nós.Com isso,pretendem avaliar a possibilidade de que se adotem cotas para negros nas universidades ao "demonstrar" que "cientificamente" não existem negros.
E para que insistir em negar aquilo que ninguem afirma? A quem estão atacando? Não a nós,certamente,porque os defensores das cotas jamais falaram em raça no sentido biológico.Somos nós que defendemos políticas públicas para a comunidade negra,que enfatizamos ser o racismo brasileiro o resultado histórico de uma discriminação dos brancos contra as pessoas do fenótipo africano."
segunda-feira, 18 de maio de 2009
sábado, 16 de maio de 2009
Exorbitar um coração.
quinta-feira, 14 de maio de 2009
E que boca grande você tem!
Desde que eu nasci vivo nesse mesmo lugar, minha mãe viveu aqui, minha avó e minha bisavó também. Eu não conheço muito sobre a minha mãe, algum tempo depois que nasci ela foi levada embora, ouvi dizer que usariam o leite dela pra alimentar os adultos de uma outra espécie, mas acho que mentiram pra mim, afinal adultos de nenhuma espécie precisam tomar leite.
O meu pai eu não conheci, ele foi assassinado antes que eu nascesse, também tive um irmão, mais não passei muito tempo com ele, porque ele levado embora quando ainda era um bebe, um amigo me contou o que aconteceria com meu irmão, mas eu não pude acreditar no que ele disse.
Eu fui crescendo, sempre fui bem alimentado, mas nunca tive liberdade tentei fugir algumas vezes e não deu certo, quando me deixavam ir até o pasto verdinho, nunca me deixavam andar muito, então engordava cada vez mais e ficava mais pesado e era cada vez mais difícil tentar escapar dali.
Muitas vezes fui repreendido e açoitado pelos seres humanos que supostamente teriam explorado minha mãe e roubado todo seu leite, assassinado meu pai e comido a carne do meu irmãozinho, digo supostamente porque acho difícil acreditar que existam seres assim e se existissem não deveriam ser chamados de seres humanos, porque coisas assim não são nada humanas.
Só monstros das histórias de terror fariam esse tipo de coisa e esses monstros não existem, são ficção.
Ontem fiquei sabendo que na semana que vem eu e mais alguns conhecidos vamos fazer uma viajem, dizem que é para um lugar muito interessante, não lembro bem mais acho que o nome do lugar é frigorífico, antes de chegarmos vamos fazer uma parada em um matadouro, me disseram que vendem comida lá, deve ser um tipo de lanchonete. Tenho boas expectativas para essa viagem, enfim quando voltar conto pra vocês como foi.
Gabi.
segunda-feira, 11 de maio de 2009
Fuga.
domingo, 10 de maio de 2009
"é preciso dar vazão aos sentimentos"
Tentando agir de acordo com a sua realidade, esperando encontrar uma saída ou ver a melhor solução
Pressionada pelas dúvidas muitas vezes a ar a sua volta torna-se sufocante
Batimentos alterados, olhos irritados e respiração pesada, sua natureza te devora
a mente está confusa, o corpo estremece ao olhar pro lado com medo de olhar errado
procura desesperadamente um caminho e teme não encontra-lo sozinha
o estomago contraído e contrariado, a vontade de respirar fundo desejando que toda angustia vá embora com o ar que deixa seus pulmões
quando sem querer nota a pequena cicatriz na mão direita e se vê forçada a sorrir
a lembrança invade a mente, com os olhos fechados pode ver todos os rostos que lhe são tão familiares e pode ver também o momento do descuido que lhe rendeu essa marca para toda vida e novamente o riso é incontrolável, o que causou dor no passado hoje é motivo de risada, se alegra ainda mais ao pensar que talvez toda as suas preocupações de hoje poderão lhe trazer uma bela alegria no futuro.
"Tudo tem alguma beleza, mas nem todos são capazes de ver."
Confucio
Gabi.
quinta-feira, 7 de maio de 2009
Influência ou Consciência?
terça-feira, 5 de maio de 2009
Legalizar ou não legalizar, eis a questão.
Uso medicinal
A Cannabis sativa também pode ser usada com fins medicinais como agente antiemético, estimulador de apetite, podendo ser usada em casos de Alzheimer, câncer terminal e HIV no aumento de peso, auxiliar contra espasmos musculares e movimentos desordenados, sendo útil também em casos de glaucoma. Em doses mais altas ela auxilia pessoas no tratamento de doenças como doença de Parkinson,esclerose múltipla, traumatismo raquimedular, câncer, desnutrição, AIDS ou com qualquer outra condição clínica associada a um quadro importante de dor crônica.
Efeitos
Há várias pesquisas realizadas que concluem ser a maconha uma droga que provoca dependência, entretanto menos que o tabaco ou o álcool. O uso da maconha é associado a variações hormonais, além disso pode causar dificuldades de memória, coordenação motora e raciocínio. Na saúde mental algumas vezes é citada como um gatilho para a esquizofrenia .Alguns estudos associam o uso prolongado da maconha com o desenvolvimento de cânceres pois sua fumaça possui de 50% a 70% a mais de hidrocarbonos cancerígenos que o tabaco.
Então, afinal seria bom ou ruim ter a legalização da maconha?
Pelo lado de que assim teoricamente diminuiria o consumo, já que agora seria de fácil acesso tornaria-se menos interessante.Diminuiria a criminalidade e violência que existe em consequencia do tráfico de drogas.Bom era isso o que eu afirmava até uns dias atrás.
Mas andei conversando sobre o assunto, e vi que não seria simples e puramente assim.
Digamos que se tornaria um "novo cigarro", não tão viciante quanto, mas as suas consequencias são piores que aos do cigarro.E suponhamos que se torne "modinha" fumar maconha que nem foi uma época fumar cigarro, "era charme".E aí você me diz: "tá mais não é todo mundo que fuma cigarro só porque é legal e acessível".Mas em comparação ao grande número de fumantes, os que não fumam são quase nada e quem não fuma acaba fumando passivamente.Há casos de morar-se com alguém que fuma, e o fumante passivo ter problemas pulmonares antes do próprio fumante.
Assim, eu concordaria com a legalização nas questões medicinais, já pro lazer, tenho as minhas dúvidas.Quem quiser arriscar a própria saúde por uma alucinação, arranja um jeito, sendo legal ou ilegal.
[Ana Hemb]
segunda-feira, 4 de maio de 2009
domingo, 3 de maio de 2009
[Dani]
confusão.. :)