quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

"Não sou baderneiro, eu só não quero que roubem meu dinheiro!"


Inserção em circuito


"Nossa cidade está passando por mais um aumento de exploração pelo transporte coletivo, as empresas de ônibus estão pedindo mais um aumento de passagem.
Péssimo para nós, os usuários.
Está rolando pela cidade várias Inserções nas passagens que agora são cartões retornáveis.
Essas inteserções consistem em escrever nos cartões frases, que reclamem o aumento, questionem os outros usuários sobre a participação para barrar o aumento, fomentem a crítica ao transporte, etc...
Esse é um meio de comunicação popular que está sendo utilizado por diversos usuários e que causa uma interferência no meio desse circuito ideológico de transporte privado e lucrativo.
As inserções não são novas e foram muito utilizadas na década de 60 e 70, como sabemos, durante o processo da Ditadura Militar no Brasil.O artista Cildo Meireles foi o precursor dessa Ação.Percebendo que na sociedade havia circuitos, assim como o nosso atual da passagem retornável, aproveitou o próprio circuito para criticá-lo. Assim foram as suas Inserções em circuitos ideológicos.
Nas inserções em circuitos ideológicos - Quem Matou Herzog? (foto em acima), o artista utilizou o circuito da cédula (na época cruzeiro) para questionar o suposto suicídio do jornalista Wladimir Herzog, encontrado morto no DOI-COD, veiculo de repressão da Ditadura Militar.
Nas inserções em circuitos ideológicos - Projeto coca-cola (foto acima) o artista utilizou as garrafas retornáveis de coca-cola para questionar a invasão do modo de vida americano no país.Nelas ele colocou a frase: "Yankees go home" ou seja "Americanos vão para casa".
Além das inteserções, músicas, teatros e demais trabalhos artísticos, a Ditadura Militar foi encarada por dezenas de manifestações contra o regime.
Como vemos em outros momentos da história do país, as inserções estiveram presentes como foram de questionamento, protesto e crítica.
Esse é um desses momentos, não deixe de fazer a sua parte, seja nas passagens, seja nas ruas!"
[Ana Hemb]

sábado, 18 de dezembro de 2010

Pra refletir.


"Salve, meus irmãos africanos e lusitanos, do outro lado do oceano
"O Atlântico é pequeno pra nos separar, porque
o sangue é mais forte que a água do mar"
Racismo, preconceito e discriminação em geral;
É uma burrice coletiva sem explicação
Afinal, que justificativa você me dá para um
povo que precisa de união
Mas demonstra claramente
Infelizmente
Preconceitos mil
De naturezas diferentes
Mostrando que essa gente
Essa gente do Brasil é muito burra

E não enxerga um palmo à sua frente

Porque se fosse inteligente esse povo já teria
agido de forma mais consciente
Eliminando da mente todo o preconceito
E não agindo com a burrice estampada no peito
A "elite" que devia dar um bom exemplo
É a primeira a demonstrar esse tipo de
sentimento
Num complexo de superioridade infantil
Ou justificando um sistema de relação servil
E o povão vai como um bundão na onda do
racismo e da discriminação
Não tem a união e não vê a solução da questão
Que por incrível que pareça está em nossas
mãos

Só precisamos de uma reformulação geral
Uma espécie de lavagem cerebral

Racismo é burrice

Não seja um imbecil
Não seja ignorante
Não se importe com a origem ou a cor do seu
semelhante
O quê que importa se ele é preto e você é
branco
Aliás, branco no Brasil é difícil, porque no Brasil
somos todos mestiços
Se você discorda, então olhe para trás
Olhe a nossa história
Os nossos ancestrais
O Brasil colonial não era igual a Portugal
A raiz do meu país era multirracial
Tinha índio, branco, amarelo, preto
Nascemos da mistura, então por que o
preconceito?
Barrigas cresceram
O tempo passou
Nasceram os brasileiros, cada um com a sua cor
Uns com a pele clara, outros mais escura
Mas todos viemos da mesma mistura
Então presta atenção nessa sua babaquice
Pois como eu já disse racismo é burrice
Dê a ignorância um ponto final:
Faça uma lavagem cerebral

Racismo é burrice

Negro e nordestino constróem seu chão
Trabalhador das construção civil conhecido como
peão
No Brasil, o mesmo negro que constrói o seu
apartamento ou o que lava o chão de uma
delegacia
É revistado e humilhado por um guarda nojento
Que ainda recebe o salário e o pão de cada dia
graças ao negro, ao nordestino e a todos nós
Pagamos homens que pensam que ser
humilhado não dói
O preconceito é uma coisa sem sentido
Tire a burrice do peito e me dê ouvidos
Me responda se você discriminaria
O Juiz Lalau ou o PC Farias
Não, você não faria isso não
Você aprendeu que o preto é ladrão
Muitos negros roubam, mas muitos são
roubados
E cuidado com esse branco aí parado do seu
lado
Porque se ele passa fome
Sabe como é:
Ele rouba e mata um homem
Seja você ou seja o Pelé
Você e o Pelé morreriam igual

Então que morra o preconceito e viva a união
racial

Quero ver essa música fazer você aprender
A lavagem cerebral

Racismo é burrice

O racismo é burrice mas o mais burro não é o
racista
É o que pensa que o racismo não existe
O pior cego é o que não quer ver
E o racismo está dentro de você
Porque o racista na verdade é um tremendo
babaca
Que assimila os preconceitos porque tem
cabeça fraca

E desde sempre não pára pra pensar
Nos conceitos que a sociedade insiste em lhe
ensinar

E de pai pra filho o racismo passa
Em forma de piadas que teriam bem mais graça
Se não fossem o retrato da nossa ignorância
Transmitindo a discriminação desde a infância
E o que as crianças aprenderm brincando
É nada mais nada menos do que a estupidez se
propagando

Nenhum tipo de racismo - eu digo nenhum tipo de racismo - se justifica

Ninguém explica
Precisamos da lavagem cerebral pra acabar com
esse lixo que é uma herança cultural
Todo mundo que é racista não sabe a razão
Então eu digo meu irmão
Seja do povão ou da "elite"
Não participe
Pois como eu já disse racismo é burrice

Racismo é burrice

E se você é mais um burro, não me leve a mal
É hora de fazer uma lavagem cerebral
Mas isso é compromisso seu
Eu nem vou me meter
Quem vai lavar a sua mente não sou eu
É você."

[Gabriel O Pensador - Racismo é burrice]


Pra quem não tem tempo ou paciência pra ler a letra, clique aqui.

[Ana Hemb]

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Onde isso vai parar, porra?!


A língua é uma ciência viva, e a palavra, sua ferramenta, é constantemente transformada para expressar sensações, de acordo com o momento social de cada um. E para canalizar as freqüentes ondas de estresse, tornou-se comum o uso de palavras de baixo calão a fim de se descarregar as tensões.

Parece que a sociedade contemporânea vive em uma panela de pressão e está sempre preste a explodir. Por esse fato, vem assumindo, no decorrer dos anos, uma postura de defesa, que conta com um banco de palavras ínfimas para atacar de forma agressiva aquele ou aquilo que lhe causou aborrecimentos; faz-se notório, contudo, que as razões mais banais já são motivo para propiciar a avalanche de palavras baixas.

As pessoas não falam mais: “Merda!”, quando batem o dedinho na quina da porta. A palavra foi substituída, por exemplo, por: “Porra!”, até porque a fonética desta, acredito que por causa do dígrafo (RR), é mais forte e denota de forma mais eficaz a raiva a ser expressa.Usamos uns para denominar o tamanho de alguma coisa ou um acontecimento, como elogio por mais estranho que pareça (“Nossa, tá gata pra caralho ein!”), como comparativo e geralmente pra definir estado de espírito (“Hoje tá foda!”).Aliás, o “foda” é ambíguo, pois pode ser para uma situação boa ou ruim.

No entanto, o uso de palavrões parte também para outra vertente, visando assumir funções gramaticais da nossa língua, fazendo-nos concluir que em breve teremos um dicionário só para eles.

O fato é que o uso dessas palavras espalhou-se por todas as classes sociais e tende a estar cada vez mais presente no vocabulário das pessoas; talvez, característica de uma sociedade moderna, que expressa suas sensações de forma mais explosiva, audaz e dinâmica. Usar palavrões tornou-se tão natural que o fazem sem saber por que. Talvez, princípio osmótico, hábito mundial.

O ciclo de renovação das palavras continua. Amanhã, alguma delas poderá cair em desuso e lhe ser atribuída uma conotação sexual, será, portanto, um novo palavrão. E assim caminha a humanidade, anti-careta e raquítica no linguajar; só temos de tomar cuidado para que, dentro de um certo tempo, nossos diálogos não sejam censurados.


[Patrícia Stahl Gaglioti]


Vídeo

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Não tem graça

O conceito de democracia esfarelou-se no tempo, sendo hoje apenas sinônimo de voto obrigatório. A população se alienou aos fatos públicos e resumiu a política brasileira em corrupção, descrença e palhaçada; alimentando um ciclo vicioso, que impera no governo nacional.

A política tornou-se a profissão mais cobiçada, palco de artistas que querem complementar a renda e que servem de iscas para arrecadar votos de uma população desnutrida politicamente. A eleição do palhaço Tiririca para o Congresso Nacional é um bom exemplo do olhar que a população tem sobre o poder público, ou seja, descaso.

Eleger uma pessoa sem nenhuma experiência no ramo e sem nenhuma noção do trabalho, ainda sob a suspeita de ser analfabeto, é uma forma inútil de protesto, de invalidar o voto e de agressão a nós próprios, além de ter que pagar-lhe um rico salário para compor a cara do Brasil. Empregaremos um mau funcionário, que foi também um mau aluno e será um mau exemplo.

Vê-lo no Congresso nos fará refletir sobre que tipo de projeto temos para o Brasil. Já se faz hora de prestarmos atenção em propostas congruentes, de buscarmos bons políticos e, assim, contribuirmos para a reformulação do cenário nacional. Afinal, ao contrário do que o deputado diz, nada é tão ruim que não possa piorar.

[Patrícia Stahl Gaglioti]



Essa é a nossa mais nova escritora do blog, Patrícia.Tem aspiração a Jornalista, e de fato quer fazer isso de faculdade, espero que gostem da sua escrita.

Ana Hemb.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Pra valorizar.

A Banda Ponto Nulo No Céu foi formada no início de 2007 em Santa Catarina primeiramente fazendo covers de bandas já consagradas no cenário do Metal Alternativo, no entanto, isto era apenas uma fase de entrosamento entre os integrantes. Cercado de letras profundas que expressam sentimentos de desgosto em relação ao mundo em que vivemos, este trabalho não entrega ao ouvinte apenas os problemas de um planeta em decadência, mas busca fazer com que as pessoas arranquem as forças necessárias de si próprias para lutarem, enfrentarem os obstáculos da vida e se tornarem vencedores de seus próprios desafios.



Clarão

Ponto Nulo no Céu

Como um estalo clareia a mente
Uma visão é formada diferente
Traz junto a compreensão
De estarmos entre o retrocesso e a evolução

Explosão de pensamentos ofuscando os acontecimentos
Em meio a confusão, sem direção corpos vagam
A espera de algum sinal pelo qual sobrevivem

O mesmo fogo queima por dentro e faz sofrer
Das cinza te levanta ainda mais forte pra viver
O mesmo fogo queima por dentro e faz sofrer
Das cinza te levanta pra viver

Uma voz ecoou, o chão se abriu
Mas só ao longe se entendeu
Porquê a terra tremeu

Estabelecidos pela máquina, conceitos se desintegram
Nossas mentes se desprendem, de todo o resto se desapegam
Por um momento clareou, por um momento clareou

O mesmo fogo queima por dentro e faz sofrer
Das cinza te levanta ainda mais forte pra viver
O mesmo fogo queima por dentro e faz sofrer
Das cinza te levanta pra viver

Luz transcende o óbvio
Ilumina nossas fragilidades e defeitos
Mostrando que estamos todos sujeitos a alguma punição
A mesma punição.

http://www.youtube.com/watch?v=jPjUjVVRxeA


Me apresentaram essa banda faz umas semanas e achei válido passar adiante.

[Ana Hemb]

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Eu rotulado.

Há quem diga que não tem importância o que veste, ou ainda quem seja anti-tendência, entretanto, mesmo que se compre roupas de lojas de departamento, por exemplo, em algum momento aquelas peças de roupa foram analisadas e selecionadas por estilistas, e assim lançadas em massa no mercado, com variações de modelo ou cor.Algo que muitos costumam esquecer é que a moda volta, se recicla, usa referencias.
Então mesmo que se negue o
modismo, não há como escapar das tendências.A moda que sempre foi criticada como frívola, possui um fator (considerado por muitos) importante: o status social.Pois as pessoas se tratam melhor e com mais respeito quando se vestem bem.
As marcas influenciam violentamente nessa história toda, porque neste caso paga-se pela marca e não conforto ou qualidade, muitas vezes apenas para atingir um
status completamente fora de sua realidade.
A roupa surgiu não apenas para afastar o frio ou esconder as partes íntimas, mas também para instigar o homem tanto sexual quanto socialmente, provocação essa que mesmo
tênue mostra-se desigual criando uma hierarquia ainda maior entre as pessoas, rotulando-nos.

Inspirado no texto de Carlos Drumond de Andrade, "Eu etiqueta".

[Ana Hemb]

segunda-feira, 14 de junho de 2010

O conformismo é um mau parasitário.

Estamos em constante contato com a ética, seja política, ambiental, moral etc., faz parte do dia-dia auxiliando a vida em sociedade.
De um modo geral deixamos o nosso lado egoísta tomar conta de nós, de forma que fala mais alto quando trata-se de garantir o seu próprio conforto.Em suma, parte dos cidadãos ignoram os políticos corruptos, que afinal estão lá para nos representar, nos roubam, e apesar de ser um acontecimento relativamente distante nos afeta.
Deixou-se de preocupação tanto com as pequenas quanto com as grandes faltas de ética.O conformismo começa quando não se age ao ver alguém furando fila, por exemplo, e piora ao argumentar que existem políticos que roubam mas  ao menos cumprem o que prometem.Então já não ganham salários o suficiente apara cumprirem deu plano de governo?Ficamos ainda quietos e acuados em conformidade.
A renovação é necessária, tal qual se faz essencial uma conscientização não só dos adultos, que geralmente é quem tem voz ativa na sociedade, mas também e principalmente os jovens, sempre criticados pela revolta de hormônios em fúria, tentando lutar pelas injustiças do mundo.Ainda vale o real significado da conhecida frase: "Os jovens são o futuro da nação", deve-se então investir neles e não apenas em educação e lazer, mas em conscientização cidadã e não patriota sem fundamentos.
"Seja a mudança que você quer ver no mundo"


(Ana Luiza Hemb - Redação Enem 2009, proposta "O indivíduo frente à ética nacional")

domingo, 9 de maio de 2010

E quão abafado eles querem o nosso grito?

O comunicado a seguir da prefeitura se refere ao não aumento da tarifa neste ano (eleitoral).

COMUNICADO
Prefeito Decide: Tarifa de ônibus não terá aumento

A Prefeitura de Joinville não vai aumentar a tarifa de ônibus neste ano*.A decisão foi anunciada na manhã desta segunda-feira (19/04) pelo prefeito Carlito Merss após reunião com os proprietários das empresas concessionárias do sistema de transporte público de Joinville
Foram levados em consideração vários fatores, especialmente a preocupação da Prefeitura de formentar amplo acesso ao sistema de transporte público**. "Queremos um transporte público de qualidade, com uma tarifa acessível e que também ajude a melhorar a qualidade de vida da população", disse o prefeito. 
A Prefeitura vai acelerar os projetos que visem reduzir pressões de custos sobre o sistema, como corredores exclusivos, otimização de linhas, combustíveis alternativos e horários.Foi fixado o calendário de atualização das tarifas do transporte público para o mês de janeiro***. 
Também está mantido o cronograma de realização do processo licitatório do sistema de transporte público de Joinville para 2011****.

***Comentários***


É claro que, com toda a confusão que o senhor prefeito arranjou para o lado dele inaugurando seu mandato em Joinville com um aumento da tarifa (o qual havia prometido em campanha que não faria, ao contrário do que aconteceu), vamos concordar que seria péssimo para ele no momento fazer mais um aumento, contando que estamos em ano eleitoral de cargos políticos tão altos como Governador e Presidente entre outros. 
** O amplo acesso que já deveria existir de um transporte que se fosse público não seria pago.
*** Em janeiro já terão passado as eleições, então para eles não fará diferença aumentar a tarifa e ter ou não aprovação do próprio povo que deu poder a eles.
**** Em 2011 não terá mais eleição para tentar manter-se no cargo, eles então vão poder aumentar as passagens sem medo de perder votos e manter ou mudar para alguma empresa de ônibus explorar o transporte que devia ser público (de verdade).

Aí que eu me pergunto por que tem gente que ainda acha que o Prefeito é bonzinho em não aumentar a tarifa, ele na verdade está apenas adiando, ganhando tempo e tirando vantagem disso.O que eu mais ouvia nas ruas, dentro dos ônibus e terminais das pessoas a minha volta revoltadas com o aumento era que a vontade do Prefeito se manter no cargo não era grande tendo em vista os aumentos absurdos e indo contra as suas propostas de campanha.A quem se revolta com a situação toda, que ao menos não fuja dos seus princípios quando eles chamarem precisando se reafirmar em uma manifestação contra um aumento.Aos comodistas, que ao menos respeitem a coragem dos que lutam pelo direito de todos (até de quem desacredita), ao invés de apedrejar manifestantes com palavras achando utopia conseguir fazer valer seus direitos.Falta apenas base, interesse em ter conteúdo e não apenas revolta.Procure saber e entender o movimento antes de critica-lo. 





[Ana Hemb]

segunda-feira, 15 de março de 2010

Quando o Espírito Está Morto.

A verdade é subjetiva.É parte de um processo de dar significado as coisas.Este processo começa com os sentidos, que são os meios pelos quais conhecemos a realidade concreta, mas é o pensamento que cria as regras sob as quais conduziremos nossas vidas.E assim como o homem dá sentido as coisas, segundo seus interesses, é ele quem contrói a si próprio.O ser humano enquanto ser social é uma criação histórica, uma criação dos pensamento e vontade do próprio homem.Através do pensamento nós determinamos a função das coisas e de nós mesmos.
Se temos este poder de dar sentido às coisas e a nós mesmo; se este, aliás, é o único modo de algo possuir valor e significado, o que fazemos quando nos negamos a pensar por nós mesmos é dar aos outros o poder de fazer isto, de pensar no nosso lugar e dar sentido às nossas vidas.A partir do momento que temos consciência de que a verdade não é absoluta, de que tudo é criado através de nossas ações, acontece uma libertação.Mas isto só será completo quando tomarmos o papel de pensadores, arquitetos e construtores do mundo em que vivemos.
Sem dúvida o mais fácil é aceitar uma interpretação do mundo pré-fabricada.A maioria delas carrega uma série de certezas cegas e pouquíssimos conflitos, quase na mesma medida da falta de argumentação e respostas.As religiões, de forma geral, são um grande exemplo de verdades cegas.Mas toda e qualquer estrutura social pode funcionar igualmente baseado no questionamento, na assimilação e não na busca, na exclusão daqueles que não aceitam seus métodos e seus valores.
É comum que as pessoas se dividam em grupos por afinidades e valores, porém, é preciso que todos sejam livres para pensar as coisas de formas diferentes e criar suas próprias visões.

Colligere.



Faço das palavras deles as minhas próprias.Cada vez mais que eu leio me identifico com os pensamentos e questionamentos.

[Ana Hemb]

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Eu te provoco com metáforas de açúcar.


Daqui você sai diferente do que era quando entrou.Eu quero te provocar, intelectualmente. Quero que você suba ao palco da Vida agora mesmo. Por isso é que nas cadeiras poéticas do meu teatro eu coloco um monte de pregos instigantes e palavras que te ferem... Eu te provoco com metáforas de açúcar. Eu te cutuco com verbos e delícias insistentes. Eu te cutuco com flores e estrelas — todo dia — porque quero que você pense de modo diferente. Quero que você mude. Quero que você viva. Quero que você dance no arco-íris de um violino que se chama Liberdade.

Edson Marques.




[Ana Hemb]

Amor sem medidas.

"Ansiedade, raiva, medo, esperança, alegria, emoção, fé!"


[equipe che - mega feliz e emocianda pelo JEC]




segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

"mas seria a doutrina constante do aperfeiçoamento"



Eu seria hipócrita se me auto afirmasse como anarquista convicta, como diz a Gabi, "apesar de conviver numa sociedade onde reina o capitalismo, eu não concordo com ele, então me diria no mínimo anti-capitalismo".
Imagino que como eu todos nós acreditamos em algo maior e melhor pra humanidade, e talvez isso não seja alcançado através do capitalismo, que em suma traz muitos problemas.
Então, por mais utópico que possa ser, é algo bom de se acreditar e idealizar, pena não ser prático.
É muito delicada essa idéia capitalista e das pessoas que se dizem anarquistas, que por exemplo, muitas delas apenas concordam com os ideais e não tiram a bunda do lugar para colocar algo em prática, são as vezes até contraditórias.Embora outros não apenas se dizem anarquistas, ou ainda pessoas que apenas preferem os ideais anarquistas, socialistas ou comunistas do que concordar o triste capitalismo, mas não tem o suficiente para radicalizar.Então, expressam suas idéias e fazem o que podem, porque apesar de muitos (inclusive eu) não concordarem, o mundo ainda é injusto, e de quem tem mais poder aquisitivo.Embora acredita-se que de pouco em pouco, se vai mudando as coisas, nem sempre as pessoas querem mudar, o que não é nada bom.Mudança, faz bem.Mas tem gente que tem o raciocínio estreito.

"tem gente que está do mesmo lado que você 
mas deveria estar do lado de lá 
tem gente que machuca os outros 
tem gente que não sabe amar 
tem gente enganando a gente 
veja a nossa vida como está 
mas eu sei que um dia a gente aprende" 
Mais uma vez - Legião Urbana


[Ana Hemb.]

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Questione, sempre.

E Shakespeare já dizia em Rei Lear que, "Nascidos, nós choramos por chegar a este palco de tolos".Em sua época é capaz de nem ter feito tanto sentido, até hoje tem gente que lê essa frase e não acha nada demais.Pois eu digo que dessa pequena frase, que pra mim faz todo o sentido, pode ser resumida no título que você vê aí acima.Pois mau temos consciencia de nós mesmos e de como o mundo está degradando-se cada vez mais rápido por nossa culpa, que ficamos pasmos de ver como tem gente que mau se importa com o que acontece, reclama do calor ou dos desastres naturais, quase sem se dar conta que o carro usado todo dia contribui e muito, fora todo o resto.
Tem quem zombe de vegetarianos, vegans, ecologistas, etc. Quando na verdade deveriam tomar como exemplo de uma vida mais saudável não só para nós mas para todo do ecossistema em que vivemos.
Questionar nem sempre é agradável, pois as vezes a resposta não é a esperada.Porém ficar na ignorância é pior ainda, somos tolos em pensar que a nossa "pequena" atitude de não jogar lixo chão, ou não comer carne não vá mudar nada, ou não fumar.Claro não vai acabar com a indústria da carne e de tabaco que são fortíssimas, nem parar com as enchentes causadas pelo intupimento dos bueiros nas ruas, mas ter a consciencia de que seus atos não afetam apenas a você já é um grande passo.

[Ana Hemb]

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

CHANGE.


Mude
Mas comece d e v a g a r,
porque a direção é mais importante
que a velocidade.

Sente-se em outra cadeira,
no outro lado da mesa.
Mais tarde, mude de mesa.
Quando sair,
procure andar pelo outro lado da rua.
Depois, mude de caminho,
ande por outras ruas,
calmamente,
observando com atenção
os lugares por onde
você passa.
Tome outros ônibus.
Mude por uns tempos o estilo das roupas.
Dê os teus sapatos velhos.
Procure andar descalço alguns dias.
Tire uma tarde inteira
para passear livremente na praia,
ou no parque,
e ouvir o canto dos passarinhos.

Veja o mundo de outras perspectivas.

Abra e feche as gavetas
e portas com a mão esquerda.
Durma no outro lado da cama.
Depois, procure dormir em outras camas.
Assista a outros programas de tv,
compre outros jornais,
leia outros livros,
Viva outros romances!

Não faça do hábito um estilo de vida.

Ame a novidade.
Durma mais tarde.
Durma mais cedo.
Aprenda uma palavra new por dia
numa outra língua.
Corrija a postura.
Coma um pouco menos,
escolha comidas diferentes,
novos temperos, novas cores,
novas delícias.
Tente o novo todo dia.
o novo lado,
o novo método,
o novo sabor,
o novo jeito,
o novo prazer,
o novo amor.
a nova vida.
Tente.
Busque novos amigos.
Tente novos amores.
Faça novas relações.
Almoce em outros locais,
vá a outros restaurantes,
tome outro tipo de bebida
compre pão em outra padaria.
Almoce mais cedo,
jante mais tarde ou vice-versa.
Escolha outro mercado,
outra marca de sabonete,
outro creme dental.
Tome banho em novos horários.
Use canetas de outras cores.
Vá passear em outros lugares.
Ame muito,
cada vez mais,
de modos diferentes.
Troque de bolsa,
de carteira,
de malas.
Troque de carro.
Compre novos óculos,
escreva outras poesias.
Jogue os velhos relógios,
quebre delicadamente
esses horrorosos despertadores.
Abra conta em outro banco.
Vá a outros cinemas,
outros cabeleireiros,
outros teatros,
visite novos museus.
Mude.
Lembre-se de que a Vida é uma só.
Arrume um outro emprego,
uma nova ocupação,
um trabalho mais light,
mais prazeroso,
mais digno,
mais humano.

Se você não encontrar razões para ser livre,
invente-as.

Seja criativo.

E aproveite para fazer uma viagem despretensiosa,
longa, se possível sem destino.
Experimente coisas novas.
Troque novamente.
Mude, de novo.
Experimente outra vez.
Você certamente conhecerá coisas melhores
e coisas piores,
mas não é isso o que importa.
O mais importante é a mudaa,
o movimento,
o dinamismo,
a energia.

Só o que está morto não muda!

Edson Marques

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Desperte!

Eu nunca fui de seguir o velho ritual de ano novo : roupas brancas, pular ondinhas, lentilha..."pra quê se no dia seguinte estará tudo a mesma coisa, no mesmo lugar?" Em 2009, porém, aconteceram tantas coisas das quais mecheram comigo que percebi que tudo irá sim estar do mesmo jeito, estarão sim no mesmo lugar, mas de que não se trata disso toda a festa. Eu não dava muita bola pra isso mas o ano novo é exatamente o que réveiller, ou reveillon significa : despertar. Comemoramos a idéia de um recomeço (e quem não gostaria de um ?), de "uma nova chance", afinal não foram os nossos corpos encontrados nos acidentes ou desastres naturais..e seja lá o que tenha acontecido -os tropeços, os erros, as brigas - o ano novo vem para nos revitalizar e refletirmos sobre o ano que passou. O mês de janeiro, deriva do nome de Jano (o deus dos portões), que tinha duas faces - uma voltada para frente e outra para trás. Que sejamos como ele, com o olhar para ambos os lado, passado e futuro, sem é claro, deixar de viver o presente.
Que 2010 venha repleto de descobertas, alegrias e sonhos!!

Não me vesti de branco, estive longe da praia e não gosto de lentilha..mas fiz um monte de pedidos :)
feliz 2010.

Dani