A revolta popular que originou o Movimento Passe Livre aconteceu em Salvador, capital da Bahia. Em 2003, milhares de jovens, estudantes, trabalhadores e trabalhadoras fecharam as vias públicas, protestando contra o aumento da tarifa. Durante 10 dias, a cidade ficou paralisada. O evento foi tão significativo que se tornou um documentário, chamado “A Revolta do Buzu”, de Carlos Pronzato. O filme mostra como a União Nacional dos Estudantes (UNE) e a União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES) tentaram liderar uma revolta que não iniciaram. A Revolta do Buzu, até então, era caracterizada como um movimento autônomo e espontâneo. Após o racha, a UNE e as outras organizações se colocaram contrárias ao movimento que nunca lideraram.
Em 2004, um grupo em Florianópolis já se articulava numa proposta diferente das organizações estudantis oficiais. Inspirados nos acontecimentos de Salvador, a cidade parou na famosa "Revolta da Catraca" ou "Amanhã vai ser maior". Os protestos pediam, mais uma vez, a redução das tarifas de ônibus, e havia a participação de outros grupos como associações de moradores, professores, punks e a população em geral.
Durante os dois anos seguintes, manifestações contra aumentos de tarifa e contra o atual sitemas de transporte ocorreram em diversas regiões brasileiras, como em São Paulo, Itu, Belo Horizonte, Curitiba, Cuiabá, Porto alegre, Rio de Janeiro, Brasilia, Joinville, Blumenau, Fortaleza, Recife, Aracaju, Rio Branco, entre outras.
[Ana Hemb]
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