Mais uma peste oriunda do capitalismo.
Dia comum, sol quente e apesar de não ter acontecido nada de especial eu estava até contente. Saí de casa atrasada, entrei no ônibus que estava quase vazio e sentei mais no fundo. A cada ponto novas pessoas, novos rostos. Mais gente, menos espaço.
Entra um cidadão, boné branco amarelado pelo tempo, cabelo escuro com pontas descoloridas e celular na mão, agora eu e todos os meus companheiros de viagem ouvíamos Victor e Léo.
Adoro a palavra bom senso e acho triste que algumas pessoas não a apreciem tanto quanto eu, sempre me pergunto por que nunca encontro pessoas escutando e obrigando outras pessoas a ouvirem rock’s e afins, isso me faz crer que as pessoas que geralmente são rotuladas de rebeldes e revoltadas por usarem certo tipo de roupa e ouvirem certo tipo de som tem muito mais bom senso que as pessoas que curtem esses sons massificados. Então não recrimino as pessoas que tem consciência e ouvem seu som com fones, até digo aproveitem, usufruam de suas músicas, meu problema é com os tipos como nosso amigo de hoje. Fiz um tour musical, ouvi pagode, funk e musica nativista, algumas vezes ouvia o dono do celular cantando junto. Calor, ônibus cheio e ouvindo a maldita fada querida, pensei, meu ponto está perto, logo esse inferno acaba, levantei e felizmente não tive grandes dificuldades de chegar a porta, ainda tive que passar por algumas meninas de doze anos no máximo, vestidas com roupas que eu até usaria, se fosse uma prostituta, que estavam monopolizando a porta. Desci e fiquei feliz em respirar o ar puro poluído das ruas da cidade, caminhei um pouco e encontrei a Ana, finalmente um rosto conhecido, o pesadelo tinha ficado para trás, mas minha mente já estava ocupada outra vez, pensando em como ficaria esse texto.
Gabi.
Se fosse pra comentar cada ponto em que eu concordo com você, daria um texto do mesmo tamanho xD
ResponderExcluirE não são só os celulares com mpX que nos privam da nossa liberdade e privacidade, há tambem os aparelhos de som de carros, que os tipos citados no texto insistem em usar como uma arma de fritar o cérebro alheio, já que o do próprio não existe mais..
Excelente observação Gabi, nunca tinha reparado que não se tem "rock's e afins" sendo imposto por aí ^^
Gustavo
é isso aí, em prol dos fones de ouvido e da privacidade alheia! \o
ResponderExcluirAna Hemb.
Viva o BraZil! Viva o Mundo!
ResponderExcluirem prol da surdez humana
walter
"faaada fada queriiiida..."
ResponderExcluirxD
Dani
Hoje mesmo parei pra pensar na grande ideia do transporte coletivo. O puto que imaginou essa parada merece os parabéns. São várias pessoas, que seguem o mesmo caminho e dividem o valor do transporte.
ResponderExcluirDentro da lógica de várias pessoas, acabei conhecendo gente interessante. Alguns mantenho contato até hoje. Também tem gente que tu conhece no trabalho, faculdade, escola e que só cria amizade por usar o mesmo transporte que ela. Principamente quando "moram pro mesmo lado".
O André foi uma dessas pessoas. Não tinha amizade com ele, mas o conhecia. Nessa pira de voltar junto dos rolês, foi que criei uma grande amizade com ele.
Sobre o som. Claro, acho uma merda ouvir o som alto dentro do ônibus. Mesmo quando "agradável", não são todos que gostam da "sua" música e esses tem o direito de não precisar ouví-la. Mas ainda acho que existe coisa pior que esses chatos do mp3.
A coisa que mais me incomoda são os "grupinhos". Sempre que andava com pessoal que fazia bagunça nos ônibus, saia de perto. Acho palha. O pior é quando é de noite/madrugada. Tem muita gente que está cansada, voltando to trabalho e fica um bando de filhos da puta berrando e fazendo baderna.
Esses tempos presenciei um grupo zoando uma senhora. Tipo, não era nada DIRETO, mas dava pra perceber que era para ela. Por não ser diretamente, ela se sentiu sem motivos para questionar. Mas óbviu que ficou constrangida com os comentários. O pior de tudo é que simplesmente tinha eu, ela e o grupo, umas 12 pessoas. Eu lá na frente, ela no meio e esse pessoal em todas as partes. Aí um conversava com o outro. Tudo berrando. Uma merda.
Mesmo assim, muitas coisas interessantes acontecem nos ônibus. Sou curioso e já descobri muita parada ouvindo conversa dos outros. HAHAHA
Parabéns pelo post. Estilo de texto que curto bastante.
O problema do transporte público em Joinville não está em um elemento só, o pessoal não tem educação pra nada no ônibus aqui, em parte por causa da má administração da empresa.
ResponderExcluirNuma cidade como São Paulo o pessoal deixa os outros sair do ônibus, e faz fila pra entrar. Se tem gente idiota que fura? tem! Mas aqui é todo mundo se puxando / empurrando pra entrar, porque não há regras. Eu sempre torço pro ônibus acertar o pessoal que fica depois da faixa de segurança, mas infelizmente ainda não vi acontecer =(