quarta-feira, 14 de dezembro de 2011
sexta-feira, 9 de dezembro de 2011
Chega de aumento!
No dia 03/12 (dia em que o JEC foi campeão da Serie C), o prefeito Carlito Merss anunciou um novo aumento na passagem do transporte coletivo da cidade, passando de R$2,55 para R$2,70 (o aumento da passagem embarcado não foi divulgado).
As empresas Gidion e Transtusa protocoloram na Seinfra o pedido de reajuste da tarifa de ônibus para R$ 2,91. Segundo Moacir Bogo, além da atualização dos custos do sistema, foi acrescido no valor um reajuste para os motoristas.
O pedido das concessionárias servirá para marcar posição. O chefe de gabinete Eduardo Dalbosco reafirmou que a Prefeitura só concederá a inflação. “Isso não inviabilizará o sistema e estará dentro da realidade do usuário”, diz.
[Blog do Saavedra, 06/12/11 ClicRBS]
A realidade que qual usuário? Porque gastar quase ou mais de R$200,00 por mês de passagem não ta dentro da realidade de muita gente...
[Ana Luiza Hemb]
segunda-feira, 28 de novembro de 2011
Desmarginalizar a Arte Urbana
Bem vindos ao projeto Chá".
Este foi um ano de muito trabalho e reconhecimento para o Coletivo Chá. O projeto das cinco meninas que enfrentam a madrugada para dar vida e movimento àquilo que é inanimado foi tema do documentário de um acadêmico de jornalismo.
Em 2011 também, as meninas marcaram presença no N Design, um evento realizado pelos e para acadêmicos e profissionais da área, e que chegou em sua 21º edição. O detalhe é que não apenas estiveram presentes, como ofereceram uma oficina no evento, ou seja, passaram adiante várias das idéias que habitam essas cucas criativas.
Na Univille, participaram do GAMPI, um evento que ocorre desde 2009, também voltado a profissionais e estudantes de design. O Coletivo Chá foi convidado pela Lez a Lez para customizar latões e painéis expostos nas vitrines das cinco lojas em Santa Catarina. Para ter uma breve idéia do que as meninas aprontaram confiram o vídeo.
E para fechar com chave de ouro, as meninas inscreveram e tiveram aprovado um projeto no SIMDEC - Sistema Municipal de Desenvolvimento pela Cultura. Do que se trata? Disseminar em três escolas públicas seus conhecimentos. Jogaram a semente no vento. Daqui um tempo, os muros de joinville estarão floridos e ainda mais coloridos.
Confiram o bate-papo do Coletivo Chá com o blog do Che.
quinta-feira, 7 de julho de 2011
Viviendo una vida loca
Dia 30, à tarde, sai da faculdade, às 14h15, para resolver algumas coisas na rua. E durante meu trajeto até a rua XV de Novembro, reparei a presença de malabaristas nos semáforos - um na Princesa Isabel, outro na João Colin e outro ainda na Blumenau. Por isso, fui pensando pelo caminho que seria muito interessante entrevistar algum deles, a fim de descobrir sua história, que convenhamos, aparentemente não é muito parecida com a da maioria da massa urbana.
Quando voltei para a escola, apenas o malabarista que estava na Princesa Isabel continuava lá. Entrei no Bom Jesus, pensei um pouco em como abordá-lo, falei com a professora Maria Elisa, peguei uma câmera no estúdio de foto e sai. Uma chuva que Deus mandava! Antes de atravessar a rua, na Princesa Isabel, vi que dois malabaristas estavam sentados em frente a uma loja de calçados. Atravessei e fui me aproximando. Quando cheguei perto, me apresentei dizendo que era estudante de jornalismo e gostaria de fazer uma matéria com eles. Os dois aceitaram.
Ao me sentar ao lado de um deles, o que estava mais distante disse algo que não entendi, mas percebi que não era brasileiro. Me disse, então, que era uruguaio. O outro, argentino.
Nem me lembro qual pergunta fiz a eles primeiro, só sei que não anotei nada em meu bloquinho, apenas seus nomes: Juan Pablo, 22 anos, argentino, e Maximiliano Danyelo, 24 anos, uruguaio. A entrevista se tornou uma conversa informal, e no fim das contas também fui entrevistada.
Maximiliano disse que entre os 17 e 18 anos saiu de casa com o objetivo de conhecer a América Latina. O propósito era viajar e depois voltar para casa, terminar o ensino médio e fazer faculdade, mas a aventura agradou tanto que voltar para o Uruguaio e levar a vida que todos levam não era mais seu objetivo. Segundo ele, quando saiu de casa tinha no bolso o equivalente a R$ 20,00. E de cidade em cidade, um trabalho aqui outro ali, passou por Bolívia, Chile e Brasil – devo estar me esquecendo de algum outro local. Ele me contou que foi casado com uma baiana durante dois anos, mas definitivamente, as regras já não o agradavam mais. E, por sinal, elogiou muito os baianos, muito acolhedores e humildes.
Chegou a voltar para o Uruguai, ficou um mês lá e há um mês está na estrada de novo. Passou por Itajaí, onde trabalhou com o companheiro argentino em uma obra por 20 dias, e há três chegou à cidade das Flores. Entusiasmados, os dois falaram também de Floripa, cidade maravilhosa! Como se eu não soubesse! Mas, confesso que senti um certo constrangimento de perguntar à Maximiliano como era a Bahia. Poxa, eu, brasileira, vou perguntar a um uruguaio como é um estado do meu país?! Deixa pra lá...
Intrigada, perguntei aos colegas onde eles dormiam. Me disseram, então, que um dia era em albergue, no outro em algum hotel e às vezes no pátio da igreja. Preferiam comer bem e dormir como desse. Inclusive, no dia anterior ao de nossa conversa, tinham dormido na igreja. Outra pergunta que não podia faltar: quanto vocês ganham??!! Um certo suspense, umas palavras indecifráveis e com uma certa insistência saiu: entre R$ 30,00 R$ 35,00 por dia.
E em relação aos seus pais? O que pensavam sobre esse estilo de vida? Maximiliano disse que o pai não concorda muito com a vida do filho, mas foi a opção dele... “Fazer-se-á” o quê? Não posso falar com convicção, mas parece que Juan não fala com a família. Quando sobra uma grana, o uruguaio vai em uma Lan House e fala com os familiares.
Fiquei surpresa em ver que, principalmente, Maximiliano era bem informado. Quando me questionou sobre a faculdade que fazia, e informou que seu irmão é jornalista do maior jornal do Uruguai, comentei que era bolsista, não pagava a faculdade, e perguntei a ele se conhecia o Prouni. Para minha surpresa, não só conhecia como comentou o problema que aconteceu, no ano passado, com as provas do ENEM.
E o futuro? Sólo Dios sabe! Mas, Maximiliano disse que ainda pensa em cursar uma faculdade, quem sabe antropologia. Sabemos que um trabalho de pesquisa envolve teoria e prática, e segundo o uruguaio, a parte prática ele já desenvolveu, falta elaborar sua teoria. O amanhã para Juan ainda é incerto. Vamos viver a vida, cada um da sua maneira, com mais ou menos aventuras... escolham!!
Estoy de vuelta, personas!
segunda-feira, 30 de maio de 2011
Projota!
Samurai
Projota
[Refrão ]
[Verso 2]
[Refrão ]
[Refrão ]
Fui no show do Projota e do Rashid ontem, muito bom mesmo, a galera cantando a plenos pulmões e os caras emocionados lá encima do palco cantando junto, suando junto, na adrenalina das letras passando a sua verdade.Eu só conseguia pensar a cada frase: "pode crer!", porque tem gente que acha que Rap só fala de desigualdade, mas eu achei um outro lado desse conceito, o lado que o cara filosofa pra caralho nas suas rimas.Botei fé brother!
Foco, Força e Fé.
[Ana Hemb]
domingo, 3 de abril de 2011
Carta ao presidente.
Marcelo D2
Acho perfeitamente válida a idéia.
[Ana Hemb]
sexta-feira, 18 de março de 2011
Projeto Paralelo.
Então, como devem ter percebido, há séculos que a Gabi não posta nada.
é um desabafo e um conforto."
Gabriela Schmidt
[Ana Hemb]
segunda-feira, 31 de janeiro de 2011
Desabafo
Esse dia vai entrar para a história. 20 de janeiro de 2011. Dia da divulgação dos classificados no vestibular da UFSC. Dia em que conheci o céu, sentei nas nuvens e até tomei um chá com o anjo Gabriel para pedir-lhe uma ajudinha. Pena que minha visita foi curta, e que de um salto voltei à terra, acredito que ultrapassei o chão.
Acordei às 7h do dia 20, ia acompanhar minha avó ao médico. Estava tranqüila, a divulgação do resultado não abalava meus nervos, até achei estranho. Juro que senti falta do friozinho na barriga, ele dá mais emoção aos fatos, um pouco de adrenalina não faz mal a ninguém. Aquela neutralidade em que me encontrava não tinha graça.
Procurei manter o pensamento positivo, mentalizando meu nome na lista dos aprovados, como se a positividade naquele instante pudesse transportá-lo àquela sagrada listagem.
Orei antes de sair de casa e pedi a Deus que me iluminasse e que fosse feita a sua vontade em relação ao resultado. Mas com receio, logo me ratifiquei: melhor dizendo, me ajuda a passar, Senhor!
Sai de casa por volta das 8h e 30min., e retornei às 10h. Agora não tinha mais saída. O friozinho na barriga apareceu e logo se tornou “friozão”, a saliva começou a faltar, as mãos a suarem, eu olhando para o computador, o computador olhando para mim... cri...cri...cri.
Vamos acabar com isso de uma vez por todas. www.vestibular2011.ufsc.br. Resultado oficial (por curso)... e a saliva faltando... Jornalismo. Primeiro Período. Segundo Período. E eu? Esqueceram de mim II.
Resolvi conferir meu boletim de desempenho individual. Minhas notas foram bem melhores do que as do ano passado. Logo abaixo das notas, aparecia a posição em que me encontrava no curso. 63. A universidade disponibilizava 60 vagas para o curso de jornalismo. Apenas 3 vagas me distanciavam do meu sonho. Chorei. Chorei de emoção, pois a probabilidade de entrar na 2º chamada era grande. Liguei para minha mãe e compartilhei com ela o meu choro. Havia sentido a emoção que tanto almejei. Meu sonho estava a 3 passos de mim.
Como boa menina que sou, fui curtir minha alegria e também angústia limpando a casa. O dia correu bem, sem maiores transtornos, a não ser as gordurinhas dos armários da cozinha. Odeio limpar a cozinha.
Chovia muito e decidi ligar para minha mãe. Estava ainda no centro da cidade e me notificou que havia saído do emprego. Engoli seco. A música que cantarolava enquanto fazia a faxina, deixei de cantarolar. E estou lá, pensando na vida quando de repente: Tim. Deu-me um estalo. Parei o que estava fazendo e corri ao computador. Novamente entrei no site da UFSC. Agora fui conferir a relação candidato/ vaga.
Tum, tum. Algo estranho. Parecia que começava a descer das nuvens. Total de vagas: 60. Vagas para os candidatos não participantes das ações afirmativas: 42. Queda livre. Se pudesse me enterrava em um buraco naquele exato momento. Doeu. Doeu de mais. Eu enxergava 21 cabeças na minha frente, e eu tentando ultrapassá-las. Terrível.
Agora, as lágrimas que percorriam meu rosto eram de tristeza, sentia meu futuro na universidade correr por entre os dedos, e seria difícil segurá-lo. Liguei para o meu namorado a fim de desabafar. Tentei, depois disso, retornar ao meu eixo, mas a revelação não saia da minha cabeça.
Imprevisibilidade. A vida é um piscar de olhos. Agora estão abertos, em segundos podem se fechar. E de todos os acontecimentos temos de tirar lições. Depois de tudo isso, pensei: pelo menos já tenho assunto para minha primeira crônica. Escrever é uma das coisas que me consolam.
Patricia Stahl Gaglioti
sexta-feira, 28 de janeiro de 2011
Juntos
A manifestação do dia 19 reuniu cerca de 50 pessoas, segundo o blog Nozarcao. Mesmo em menor quantidade, é muito importante que os manifestos não deixem de ocorrer, que as insatisfações não se calem, e que por mais inacessível que possa parecer, estejamos próximos ao poder público, vigiando-o.
É notório que as pessoas se indignam com certas atitudes públicas que não condizem com o benefício à população, porém são poucos os que têm coragem de se pronunciar individualmente a respeito do assunto. Exemplo disso foi o megafone levado para a manifestação e aberto ao público para que se pronunciassem, e pouquíssimos o fizeram. Com exceção de dois integrantes do MPL, um menino, que deve ter menos de 10 anos, foi o que mais falou. Esperança para a futura geração.
Eu mesma estava presente e não me dispus a dizer o que o puder público merecia ouvir.
Por isso é tão importante que as pessoas se organizem e participem de movimentos, porque todos juntos temos mais força e coragem. Na população que bradava cânticos de protesto, não se distinguiam vozes, apenas se ouvia a voz da massa insatisfeita, unindo forças a plenos pulmões para garantir o direito de todos.
Temos, hoje, nas mãos a oportunidade para somarmos forças contra o aumento da tarifa de ônibus. Acontecerá, às 10h, o tuitaço nacional. Participem. Vamos juntos!
@otamanduavoador apóia essa idéia.
Patricia Stahl Gaglioti
"Tá na boca do povo"
O blog do Che foi às ruas questionar a população sobre o aumento da tarifa do ônibus. Abaixo estão algumas das respostas das pessoas entrevistadas no terminal de ônibus central e em suas proximidades. Com vocês, o respeitável público.
1) O que você acha do aumento da tarifa do ônibus?
Odair : Isso é uma palhaçada.
Cristian: Um abuso com as pessoas que trabalham e têm de tomar condução todo dia.
Denate: Péssimo.
Roberto: Está difícil assim. O prefeito prometeu que não subiria a passagem e não cumpriu. Eu não utilizo o transporte público, mas estou indignado pela população que utiliza.
Rafaela: O valor é muito alto.
2) Qual seria o valor justo da passagem de ônibus?
Cristian: O valor tinha de ser a quantia que cabe em nosso bolso, uns R$ 2,00, no máximo.
Roberto: Em torno de R$ 2,00 tanto para passagem embarcada quanto antecipada.
Rafaela: Mais ou menos R$ 2,00.
3) Pior problema do transporte público de Joinville?
Norberto: Lotação, preço e falta de horários.
Cristian: Lotação e o preço; acho que os horários ainda estão bons. O governo deveria tomar um certo controle do transporte, pois as atuais empresas estão monopolizando o sistema, e o poder público está tampando o rosto para esse problema.
Denate: Lotação.
Roberto: Olha, até que o transporte não está tão ruim, mas em certas regiões da cidade há falta de horários e também de veículos, como por exemplo, o Itinga e o Jardim Sofia.
Rafaela: Acho que a condição do transporte é boa.
4) Qual a solução para o transporte público?
Denate: Abaixar a tarifa e aumentar a quantidade de ônibus em circulação.
Roberto: Abaixar a tarifa e aumentar a quantidade de ônibus.
5) Qual a sua avaliação para o governo do Carlito Merss?
Cristian: Está decepcionando a população.
Denate: Olha, se dependesse de nós, tirávamos ele do governo.
Roberto: Está complicado. Não ofereceu nenhuma melhoria para a cidade por enquanto. Pediu à população que fizessem suas calçadas, mas as ruas estão todas esburacadas.
Entrevistados:
Odair (Linha de produção);
Cristian (Encanador);
Norberto (Linha de produção);
Roberto (Preparador de máquinas);
Rafaela (Auxiliar de produção);
Denate.
Patricia Stahl Gaglioti
quarta-feira, 26 de janeiro de 2011
Seguidores Queridos // Dear Followers
Sim com as nossas atualizações do Blog do Che, mas agora com muito mais do que a Fast-information exige: coisas novas a cada segundo.
Dicas de filmes e livros, trecho de música, atualizações do blog, retweets de notícias, frases, pensamentos e por aí vai...Agora não só no Yahoo, não só no Blogger, não só no Orkut.Estamos no Twitter.
[Ana Hemb]
segunda-feira, 24 de janeiro de 2011
Chuva de verão
O desconforto
Anda solto no mundo
E você sempre junto
E você sempre atento
Ao que menos importa
Você enche os bolsos, solta os cachorros
Tem títulos, círculos
Todos são íntimos
Todos são múltiplos, polivalentes
Ou poliglotas contentes
Não há pacote que esgote seu dia feliz
Não pensa, nem vive
O que sua boca farta diz
Você enche o peito, empina o nariz
Faz vista grossa
Enquanto almoça o que não quis
Chama a polícia por causa de um cigarro
Enquanto tira um sarro
Com a filha do melhor amigo
Onde está o perigo?
Onde está o que importa?
Na marca que você gosta
Ou na ferida que você sopra?
Se joga mas não se mostra
Reclama mas não se toca
Que o desconforto anda solto no mundo
E o corte é profundo
Bem lá no fundo de sua alma
(John) Não bate de frente, não trinca com a gente
Esbanja dinheiro, como o Presidente
Na banca se sente, quebrou a corrente
Sujeira na mente, infelizmente.
(RH) Nâo desce do salto não sai do Senado
Não vem para a rua, toma enquadro
Sem roupa da moda, na TV fofoca
Violência e crime não te incomondam
O carro é blindado, novo, importado
E pouco lhe importa quem morre do lado
Whisky no gelo, ouro de tolo
Tanto desconforto na vida do povo
Rita Lee - Zélia Duncan
Incidental: RAP Irritação (Johnny MC Rappin Hood)
Essa é uma pequena demonstração do transtorno que a chuva causou na cidade de Joinville. A única pergunta que deixo no ar é: cadê o poder público?
Patricia Stahl Gaglioti
segunda-feira, 17 de janeiro de 2011
Pois não há sentido em ficar parado.
Errado.
Quem vai atrás do realmente quer consegue, os outros dizem que é impossível porque não tentaram ou nem entendem o que querem.
No primeiro mês do ano, enquanto todos estão de férias, aconteceu o aumento da tarifa de ônibus em Joinville, de R$2,30 para R$2,55 antecipada e a passagem embarcada de R$2,70 para R$2,90.
A primeira manifestação (06/01) teve 170 pessoas, mesmo contra as expectativas, pois em função das férias esperava-se menos.A segunda manifestação (11/01) 130 pessoas ainda manifestavam sua revolta pelo aumento.
A ideia além de manifestar e lutar por nossos direitos é conscientizar.
Não recrimine quem luta pelo direito de ir e vir, inclusive pelo direito de quem acha que são apenas bardeneiros que não aceitam a imposição de tarifa abusiva sem ao menos alguma melhoria em resposta.
Banquinha de informações e panfletagens
Praça Nereu Ramos
Segunda-feira (17/01) início às 18h
Terça-feira (18/01) início às 18h
Próxima manifestação
Quarta-feira (19/01) às 10h, em frente a Prefeitura.
Para saber mais:
Comunicado de reajuste da tarifa
MPL JOINVILLE
A Notícia
CMI Brasil - 1° manifesto/2011
Nossa Joinville - 2° manifesto
[Ana Hemb]
quinta-feira, 6 de janeiro de 2011
Hora de pular as ondinhas
Tic tac tic tac tic tac...Feliz 2011!!Um excelente 2012!! Nossa, que 2013 seja abençoado; tudo de bom para você e sua família!
O tempo é uma substância impalpável, é como o vento: podemos senti-lo, mas não segurá-lo. Desafiador. Nos convida a acompanhá-lo em seu ritmo frenético e acelera a velocidade de seus ponteiros.Difícil.
Você consegue perceber a mudança dos tempos? Consegue vivenciar as transformações no momento em que elas ocorrem? Eu não consigo. As situações, as mudanças acontecem tão naturalmente, e tão perfeitamente encaixadas no cotidiano que não dou conta delas.
Uma maneira de percebê-las é através de fotografias.Olhando as fotos de minha infância, por exemplo, deparo-me com a minha mãe usando um corte de cabelo muito louco e diferente do atual, assim como suas roupas, aí então percebo como as coisas mudaram e como estão melhores, graças a Deus!!
O mesmo acontece quando escutamos nossas avós dizendo que a juventude de hoje é muito diferente daquela de seus tempos.Isso é realmente verdade.Mas, quando começou essa mudança?Alguém conseguiu acompanhá-la? Ou ela surgiu discretamente e foi tomando espaço em nosso dia-a-dia a ponto de não ser tão impactante?
A vida é uma eterna mudança, viver é adaptar-se.
Outra constatação é de que a passagem do tempo é relativa, em si, é psicológico.Para mim, por exemplo, passar 3 minutos em uma montanha russa equivalem a 1 hora; por outro lado, 1 hora passeando na areia da praia passa como se fossem 3 minutos.
O fato é que o tempo nos engole e nos tritura, e o desafio é: como aproveitá-lo?! Se, ao menos, tivéssemos uma resenha da vida, tudo seria muito mais fácil, poderíamos experimentar um caminho e posteriormente poder trocá-lo, mas vamos cair na real, não possuímos esse direito.
Nos é concedido um lápis e um papel definitivos, e temos de desenhar a vida e colori-la da maneira que melhor nos convém - sem o possível uso da borracha.E aí está uma grande incógnita, meus amigos, qual cor usar? Que desenho fazer? Quanto tempo levaremos para aprontá-lo? São respostas que, acredito eu, todos gostaríamos de ter.
Tantas dúvidas surgem em nosso percurso que fica muito difícil de obtermos respostas.
Contarei um exemplo meu.
O ano de 2010 foi um ano muito importante para mim, pois consegui passar na faculdade, comecei a namorar uma pessoa muito especial, melhorei minhas relações familiares e passei a escrever para o nosso querido blog do Che, fato muito significativo para mim. Pois bem, mas muitos sacrifícios tive de fazer nesse ano também, abdiquei de muitos finais de semana para poder estudar, deixei de curtir momentos que poderiam ser inesquecíveis, em busca de um sonho! E neste ponto entra os meus questionamentos: será que fiz o certo? Deveria ter aproveitado mais o meu ano me divertindo?
Já escutei muitos jovens dizendo: "Eu quero viver a vida intensamente". Como seria viver a vida intensamente? Pois se você tem um sonho, precisa lutar por ele, e isso implica, na maioria das vezes, abrir mão de certas situações para se dedicar na realização de seus objetivos. E dispensar situações agradáveis em prol de um desejo maior também é viver a vida intensamente? Relativo.
Nosso caminho é um tiro no escuro.Apenas arriscamos.Se vamos realizar nossos projetos, se ao final de tudo, nosso esforço valerá a pena, só o tempo dirá.Temos duas opções: atirar ou não.E as consequências de nossas decisões virão com o tempo.
Poderia me alongar mais, afinal, este é um tema a ser muito explorado; mais tarde poderemos retomar o assunto.
Desejo a todos um inesquecível 2011, de muito esforço e pouca preguiça.Vivam o ano intensamente, cada qual dentro de suas convicções.
Texto:
Patrícia Stahl Gaglioti
Edição:Ana Hemb
quarta-feira, 5 de janeiro de 2011
domingo, 2 de janeiro de 2011
O valor da amizade
"O amigo vê e ouve o que não somos capazes de ver nem ouvir.
Assim sendo, pode fazer por nós o que não temos como fazer
por nós mesmos"
A mesma palavra tem significados diferentes de acordo com o texto ou o discurso em que figura. A importância disso é capital, pois significa que, para interpretar uma palavra, precisamos nos debruçar sobre o contexto do qual ela faz parte ou escutar verdadeiramente quem a profere. Do contrário, não a entendemos. O ensinamento básico de Sigmund Freud é esse e bastaria para justificar a psicanálise, se isso ainda fosse necessário.
A maioria das pessoas, no entanto, não se dispõe a escutar. Poucos nascem com essa capacidade, que pode e precisa ser desenvolvida. Escutar é um ato generoso. Implica que eu deixe momentaneamente de falar e esteja aberto para o que o outro tem a dizer.
A escuta é a característica do psicanalista e também do verdadeiro amigo – que não impõe a sua presença, não diz o que não deve ser dito e, assim, faz com que a amizade floresça. Ou seja, o amigo sabe se conter, exercita-se na ética da contenção. Por isso, ele é de paz e a sua maneira de ser pode servir de modelo para todas as outras relações: marido e mulher, pais e filhos e irmãos.
O que o filósofo e historiador grego Xenofonte escreveu 2 400 anos atrás poderia ter sido escrito hoje: "Um bom amigo é o mais precioso de todos os bens. Está sempre pronto a auxiliar... Há homens, contudo, que investem toda a sua energia no cultivo de árvores, para colher frutos, e são negligentes com o amigo, o bem que mais frutifica". O amigo vê e ouve o que não somos capazes de ver nem ouvir. Assim sendo, pode fazer por nós o que não temos como fazer por nós mesmos. Como o analista, ele ilumina o caminho.
Ele sabe suspender o seu desejo para que o do outro se manifeste. O que ele mais quer é o acordo. Está menos interessado nos eventuais benefícios materiais que a amizade pode trazer do que no fortalecimento desta. Visa sobretudo ao contentamento do outro e não deve ser confundido com o cúmplice, que visa ao próprio interesse e se liga a alguém em função do que almeja alcançar.
O elo de cumplicidade tende a ser efêmero, enquanto o de amizade é para sempre. Em outras palavras, o amor dos amigos nunca é de agora, e sim para a vida inteira. Também por isso, há milênios a amizade inspira escritores, que se perguntam de que modo escolher um amigo, quais as características de um amigo verdadeiro e o que nós devemos a ele. Os escritores – os melhores, entre eles – sabem que a amizade nasce espontaneamente, mas só dará os seus melhores frutos se for cultivada.