A verdade é subjetiva.É parte de um processo de dar significado as coisas.Este processo começa com os sentidos, que são os meios pelos quais conhecemos a realidade concreta, mas é o pensamento que cria as regras sob as quais conduziremos nossas vidas.E assim como o homem dá sentido as coisas, segundo seus interesses, é ele quem contrói a si próprio.O ser humano enquanto ser social é uma criação histórica, uma criação dos pensamento e vontade do próprio homem.Através do pensamento nós determinamos a função das coisas e de nós mesmos.
Se temos este poder de dar sentido às coisas e a nós mesmo; se este, aliás, é o único modo de algo possuir valor e significado, o que fazemos quando nos negamos a pensar por nós mesmos é dar aos outros o poder de fazer isto, de pensar no nosso lugar e dar sentido às nossas vidas.A partir do momento que temos consciência de que a verdade não é absoluta, de que tudo é criado através de nossas ações, acontece uma libertação.Mas isto só será completo quando tomarmos o papel de pensadores, arquitetos e construtores do mundo em que vivemos.
Sem dúvida o mais fácil é aceitar uma interpretação do mundo pré-fabricada.A maioria delas carrega uma série de certezas cegas e pouquíssimos conflitos, quase na mesma medida da falta de argumentação e respostas.As religiões, de forma geral, são um grande exemplo de verdades cegas.Mas toda e qualquer estrutura social pode funcionar igualmente baseado no questionamento, na assimilação e não na busca, na exclusão daqueles que não aceitam seus métodos e seus valores.
É comum que as pessoas se dividam em grupos por afinidades e valores, porém, é preciso que todos sejam livres para pensar as coisas de formas diferentes e criar suas próprias visões.
Colligere.
Faço das palavras deles as minhas próprias.Cada vez mais que eu leio me identifico com os pensamentos e questionamentos.
[Ana Hemb]